Folha do Meio Ambiente

Manaus/AM (24/06/2025) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou, na última quarta-feira (18), uma atividade de educação ambiental no Centro de Ciências do Ambiente (CCA) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). A iniciativa integrou a campanha “Não tire as penas da vida”, cujo objetivo é conscientizar sobre os impactos do uso ilegal de partes de fauna em artesanatos, fantasias e adereços típicos.

Superintendente do Ibama, Joel Araújo em palestra de educação ambiental na UFAM – Foto: Hanna Biez/Ibama/AM

A ação focalizou o combate à utilização de penas e outros elementos de aves silvestres na produção de enfeites, especialmente ligados a festividades típicas da Amazônia. “A arte é expressão da natureza humana e não pode se refletir na morte de espécimes silvestres. Por isso, é crucial para a preservação da fauna que haja esse trabalho de informação que o Ibama realiza todo ano”, destacou o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo.

O evento contou com fala do professor Dr. Josemar Gurgel, chefe da Divisão de Administração do CCA/UFAM, que ressaltou a conexão da campanha com o Festival Folclórico de Parintins: “A campanha… levanta a bandeira da conservação da fauna, principalmente num momento tão importante que coincide com o Festival de Parintins, onde no passado se usavam muitas penas de animais”.

Compromisso ativo do Ibama com a proteção da fauna

Alunos da UFAM e equipe do IbamaAM durante palestra da campanha Não Tire as Penas da Vida – Foto: Hanna Biez/Ibama/AM

Com a palestra na UFAM, o Ibama reafirma seu papel contínuo na educação ambiental, atuando de forma preventiva em instituições acadêmicas e festivais culturais. A iniciativa demonstra que a combinação entre informação, sensibilização e fiscalização pode promover um turismo cultural sustentável, que conserva a riqueza da fauna amazônica e respeita o meio ambiente.

Histórico da campanha “Não tire as penas da vida”

Criada em 2002 pelo servidor Paulo Andrade, por meio de levantamento que identificou o uso massivo de penas de aves mortas para confecção de adereços folclóricos — naquele ano, estima-se que mais de 30 mil aves, especialmente araras, foram abatidas.

Desde então, a campanha é amplamente divulgada no estado do Amazonas, com presença constante em escolas, instituições e, especialmente, durante o Festival de Parintins, voltada a turistas, artesãos e visitantes.

Durante o Festival, tradicionalmente celebrados “Boi Garantido” e “Boi Caprichoso” têm utilizado alternativas sintéticas às penas naturais, em consonância com diretrizes da campanha.

Festival de Parintins: cultura e conservação

Realizado desde 1965, o Festival Folclórico de Parintins, reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo IPHAN, ocorre no último fim de semana de junho e atrai mais de 120 mil visitantes por edição.

Assim, o festival se tornou cenário estratégico para ações de educação ambiental e fiscalização sobre a venda de artefatos com partes da fauna. Desde 2012, o Ibama reforça a prevenção ao comércio de adereços com origem ilegal e promove diálogo com comunidades, artesãos e público envolvido.

Assessoria de Comunicação Social do Ibama