INCÊNDIOS FLORESTAIS
1 de julho de 2025MUITOS DESAFIOS PORQUE SÃO MUITOS IMPACTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS.
A constatação incendiou discursos e pronunciamentos das autoridades ambientais. O ano de 2024 foi dramático para vários biomas do Brasil em referência aos incêndios florestais: na Amazônia, mais de 15 milhões de hectares foram queimados. No Cerrado, 4 milhões de hectares foram tragados pelo fogo. A área atingida por incêndios na Mata Atlântica alcançou mais de 1 milhão de hectares. E, no Pantanal, os incêndios destruíram cerca de 2 milhões de hectares. Está provado que discursos bonitos e ideologia nenhuma fazem diminuir as queimadas e incêndios florestais no Brasil.
No ano passado, a área queimada da Amazônia respondeu por mais da metade de toda a área queimada nas florestas brasileiras. E, pelo andar da carruagem, neste ano de 2025, a perspectiva é que os números não serão muito diferentes.
Segundo vários ambientalistas, esses números não apenas evidenciam a gravidade da última temporada de incêndios, como também ressaltam a vulnerabilidade desses ecossistemas diante de eventos extremos, com prejuízos à biodiversidade, à qualidade do ar e ao ciclo hidrológico.
Vários motivos explicam os níveis tão elevados das áreas queimadas em 2024. Além da omissão de governos federal e estaduais, a seca intensa deixou a vegetação mais inflamável, o favorece as linhas de foto. Mas não se pode descartar as práticas agrícolas como o manejo inadequado de pastagens, como a limpeza do solo, e até a colocação de fogo de maneira criminosa.
Segundo o Ibama, no caso específico do Pantanal, imagens de satélites mostraram como parte significativa da vegetação próxima ao Rio Paraguai foi transformada em cinzas. Foram mais de 2 milhões de hectares consumidos pelas chamas apenas no Pantanal, demonstrando o impacto direto da combinação entre clima hostil e ações de fazendeiros. Nas Terras Indígenas, como a Utiatiti, os danos ultrapassaram a marca dos 2 milhões de hectares perdidos.
Mais de 70% dos incêndios registrados ocorreram entre agosto e outubro, justamente o período mais seco do ano. Portanto, o fortalecimento de planos de contingência para esses meses pode ser decisivo para limitar futuras ocorrências.
O bioma Cerrado registrou 2.489 focos. O estudo do MapBiomas aponta que entre janeiro e agosto de 2024, o Cerrado já perdeu 4 milhões de hectares para o fogo, um aumento de 85% em relação ao mesmo período de 2023. (Foto: Fernando Tatagiba / ICMBio)
MEDIDAS ESTRATÉGICA A SEREM TOMADAS
Brigadistas e técnicos do Ibama Especialistas afirmam que o combate ao desmatamento é fundamental para reduzir a incidência dos incêndios, já que áreas degradadas tendem a se tornar mais vulneráveis ao fogo. O aprimoramento do manejo das pastagens e a limitação do uso do fogo na agricultura também são estratégias recomendadas para evitar a repetição desse cenário em anos futuros.
Em resumo, o próprio Ibama dá quatro ações fundamentais nessa direção:
- Prevenção ao desmatamento: Adoção rigorosa da lei ambiental e fiscalização efetiva.
- Ações educativas: Incentivo à adoção de técnicas sustentáveis no meio rural.
- Monitoramento contínuo: Utilização de tecnologias para identificar focos de calor rapidamente.
- Reforço da brigada de incêndio: Treinamento e ampliação do número de profissionais capacitados.
Muitas prefeituras, como a e Jundiaí, em São Paulo, capacitam bombeiros, defesa civil e brigadas para combate aos incêndios florestais.
iniciativa, em geral, é realizada em conjunto com o Ibama, ICMBio, Corpo de Bombeiros e entidades privadas.
ALERTA TOTAL
Já no mês de julho começam os incêndios florestais que se avolumam no período de agosto, setembro e outubro. Este período do ano responde por 72% da área queimada, de acordo com o estudo do MapBiomas, divulgado recentemente.
Como resposta à aproximação dessa época com maior quantidade de queimadas, tanto os Estados de Goiás, Minas, os dois Mato Grosso, Tocantins, Pará e Distrito Federal como entidades como a Polícia Federal começam ações de enfrentamento aos incêndios florestais. Além da preparação e treinamento de brigadas de combate ao fogo existe uma movimentação encontros e reuniões em prefeituras, escolas e entidades rurais para mobilizar a população na ajuda ao combate de todos os tipos de tarefas. Inclusive de denúncias de autores de crimes ambientais que facilitam