Folha do Meio Ambiente

Agentes ambientais identificaram áreas com degradação ambiental – Foto: Divulgação/Ibama

Marabá/PA (31/07/205) – Uma operação para combater fraudes nos sistemas de controle de créditos de produtos florestais foi deflagrada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com apoio da Força Nacional de Segurança, este mês de julho, no Pará. A ação fiscalizatória, chamada Operação Metaverso II, teve como foco principal os municípios de Tailândia e de Mojú. Cerca de 310 mil unidades de créditos virtuais fictícios de produtos florestais foram objeto de fraude entre o ano passado e este ano no estado.

Madeira ilegal é transportada dentro e fora do Pará

Segundo a fiscalização, organizações criminosas especializadas em fraudes nos sistemas de controle florestal “esquentam” a madeira extraída ilegalmente de áreas protegidas, o que significa dar uma aparente legalidade à documentação que acompanha as cargas de madeira transportadas diariamente dentro e fora do Pará. As guias florestais emitidas com esse método fraudulento são tidas como ideologicamente falsas, uma vez que são emitidas normalmente pelos sistemas oficiais de controle da Secretaria do Estado, porém, servindo para acobertar madeiras clandestinas, destinadas tanto ao mercado interno quanto ao internacional.

O esquema criminoso envolvia a triangulação com empresas fantasmas e de fachada, bem como o envio de créditos falsos para empresas madeireiras e carvoarias em todo o Pará, fomentando a exploração clandestina de madeira e de carvão sem origem legal.

Combate ao desmatamento ilegal

Os agentes apreenderam, na mesma operação, mais de mil metros cúbicos de madeira ilegal, que foi doada sumariamente a instituições públicas para uso em ações sociais. Também foram embargados mais de mil hectares de áreas de floresta nativa suprimidas ilegalmente e cerca de 3,2 mil hectares de áreas danificadas pela extração madeireira sem licença ou autorização dos órgãos ambientais.

Os responsáveis pelo desmatamento ilegal e pelas fraudes aos sistemas de controle foram autuados em mais de R$ 107,5 milhões e terão prazo para recorrer ou aderir ao programa de soluções legais.

As operações de fiscalização do Ibama no Pará prosseguirão de forma constante para combater o aumento da degradação ambiental na região.