onça-parda

Jovem onça-parda é capturada para monitoramento ambiental na Grande BH

2 de setembro de 2025

Onça, recebeu colar de satélite e se junta a outros sete animais acompanhados em tempo real na região de serra em MG

Assessoria de Comunicação Social do Ibama

2025-09-02 Onça-parda recebe colar para monitoramento ambiental em MG.png

Onça-parda recebe colar para monitoramento ambiental em MG – Foto: Ibama/MG

Belo Horizonte/MG (01/09/2025) – Uma jovem fêmea de onça-parda (Puma concolor), batizada de Catarina, foi capturada e solta nesta sexta-feira (29/08) na região da Estação Ecológica de Fechos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O animal, com idade estimada entre 1,5 e 2 anos e em excelente estado de saúde, recebeu um colar de monitoramento por satélite para integrar o programa de acompanhamento da fauna local.

A ação foi conduzida em parceria entre o Parque Estadual da Serra do Rola Moça, a empresa Prime Consultoria e a Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Minas Gerais.

Com a inclusão de Catarina, o programa passa a monitorar oito animais silvestres via satélite: quatro lobos-guarás, duas jaguatiricas e duas onças-pardas. O acompanhamento busca compreender a dinâmica de ocupação territorial dessas espécies carnívoras de topo de cadeia, fundamentais para o equilíbrio ecológico, em uma área marcada por intensa transformação ambiental.

O vetor sul da Grande BH reúne empreendimentos minerários, condomínios residenciais, unidades de conservação e a rodovia federal BR-040 — atualmente em processo de licenciamento ambiental corretivo pelo Ibama. Esse mosaico de pressões sobre a paisagem torna o monitoramento da fauna ainda mais estratégico para identificar riscos e orientar políticas de conservação.

A iniciativa integra o programa de monitoramento de fauna da Vallourec, em cumprimento às condicionantes ambientais relativas à supressão de vegetação do bioma Mata Atlântica, conforme estabelecido pela Lei nº 11.428/2006 e regulamentado pelo Decreto nº 6.660/2008.

Segundo especialistas envolvidos, o monitoramento contínuo da fauna é essencial para avaliar os impactos da presença humana e contribuir para a preservação da biodiversidade em um dos biomas mais ameaçados do país.