Conservação

Programa Bolsa Verde: já são 75 mil famílias registradas em Unidades de Conservação (UCs)

26 de setembro de 2025

O programa, retomado em 2023, alia cidadania, assistência técnica e preservação, beneficiando milhares de famílias pelo Brasil. Número de famílias beneficiadas já ultrapassa meta de 2025

ICMBio

Atendimento do programa Bolsa Verde do ICMBio, que já conta com mais de 75 mil famílias registradas em todo o país – Foto: Acervo Resex Para Sempre (PA)

O Programa Bolsa Verde, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), alcançou a marca de mais de 75 moradias de famílias registradas como residentes de Unidades de Conservação (UCs) de uso sustentável federais, as quais são gerenciadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Um número que corresponde a mais da metade dos registros totais. 

Dados da última atualização dão conta que o programa mantém cerca de 150 mil famílias cadastradas em 470 áreas contempladas, o que soma mais de 30 milhões de hectares preservados em todo o país, um número que corresponde a cerca de 42 milhões de campos de futebol. 

“O Bolsa Verde é muito mais do que um bônus. Está associada à assistência técnica diferenciada, porque também não adianta nada se não for alterada a forma de produção. Também está associada à capacitação e à organização social. É a organização social que consegue fazer a transformação local, colocou o presidente do ICMBio, Mauro Pires, à época do relançamento do programa. 

Um pouco mais sobre o Bolsa Verde  

Com o avanço recente, o programa já beneficia mais de 70 mil famílias com pagamentos trimestrais de R$ 600, antecipando a meta prevista para 2025. Uma reafirmação de seu papel estratégico na proteção ambiental e no desenvolvimento social. 

Além dos pagamentos financeiros, o Bolsa Verde oferece às famílias acesso a assistência técnica, capacitação e extensão rural socioambiental, ferramentas fundamentais para fomentar práticas sustentáveis e fortalecer a organização social dessas populações. 

Criado em 2011 e retomado em 2023 após um período de suspensão, o programa tem se consolidado como uma política pública que une cidadania, erradicação da pobreza e conservação ambiental. O ICMBio, responsável pela gestão das Unidades de Conservação federais, atua com protagonismo nessa reestruturação, investindo na capacitação de servidores, melhorias tecnológicas no SISFamílias e ações de busca .

SISFamílias: plataforma essencial neste trabalho 

O levantamento dos dados é realizado pelo sistema SISFamílias, uma plataforma digital gerenciada pelo ICMBio que coleta informações detalhadas sobre as famílias que vivem nas UCs. Essa ferramenta inovadora possibilita um monitoramento preciso das populações tradicionais, fortalecendo a gestão integrada dos territórios e o reconhecimento dos modos de vida, desafios e necessidades dessas comunidades. 

Desde outubro de 2023, o Instituto Chico Mendes tem promovido visitas domiciliares nas áreas protegidas para registrar essas informações, aproximando-se das comunidades e garantindo que os benefícios cheguem a quem realmente preserva os recursos naturais. Até o final de 2025, a expectativa é que o número de moradias registradas ultrapasse 85 mil, com planos de ampliar a ação para Áreas de Proteção Ambiental (APAs) e unidades de proteção integral onde residem povos tradicionais.