Parque Nacional

A LINDA NATUREZA DE FURNA FEIA

1 de outubro de 2025

Localizado entre os municípios de Baraúna e Mossoró (RN), o Parque Nacional da Furna Feia abriga 207 cavernas conhecidas, além de outras 44 situadas em sua zona de amortecimento.

Silvestre Gorgulho

Os moradores da região conhecem bem as cavernas escuras, habitadas por morcegos e por corujas chamadas suindaras. Eles achavam as cavernas tão medonhas que deram o nome de “Furna Feia” ou caverna feia. Mas com o tempo, depois de devidamente estudada, a área tinha tantos encantos e beleza pela rica biodiversidade que virou parque. O nome?  Parque Nacional de Furna Feia.

 A palavra “Furna” vem do latim (furnus) e significa caverna, lapa ou gruta. O termo é usado para designar cavidades naturais no terreno, como o famoso Parque Nacional da Furna Feia, no Rio Grande do Norte, e também o nome dado à barragem construída no rio Grande e Sapucaí, no Sul de Minas Gerais: Lago de Furnas. Furnus, em latim significa “forno”, devido à semelhança de um espaço restrito e escuro com um forno.

A área do Parque Nacional de Furna Feia abriga uma rica biodiversidade da caatinga, 218 cavernas catalogadas, espécies ameaçadas de extinção e importantes sítios arqueológicos — como o Lajedo em Pé e o Abrigo do Letreiro, que guarda pinturas rupestres milenares. O local, aberto agora ao turismo, enriquece a opção ecoturismo no sertão nordestino, consolidando um novo destino a amantes da natureza e de aventura.

O turismo de natureza cresce cada vez mais no Brasil e no mundo. Este crescimento se reflete em números. No ano passado, os parques nacionais do país registraram um recorde histórico de 12,5 milhões de visitas, destacado o segmento como um dos mais promissores do setor no país. A procura pelos locais impulsiona a economia, gera empregos, leva renda aos moradores e incrementa o setor de serviços.

O Parque Nacional da Furna Feia forma um ambiente que não pode ser visitado sem um guia para evitar riscos tanto aos visitantes como ao próprio parque.

PARQUE NACIONAL DA FURNA FEIA

Segundo o Ministério do Turismo, o Parque Nacional da Furna Feia, localizado no sertão do Rio Grande do Norte, foi oficialmente aberto à visitação pública. A oferta do espaço, que é a primeira unidade de conservação federal de proteção integral do estado, enriquece a oferta turística da região, juntando-se aos mais de 100 parques nacionais que podem ser frequentados em todo o país.
Localizado entre os municípios de Baraúna e Mossoró protege uma área de aproximadamente 8.500 hectares de Caatinga e um dos mais importantes patrimônios espeleológicos do Brasil. A unidade abriga 207 cavernas já conhecidas, além de outras 44 situadas na sua “zona de amortecimento”. É uma área estratégica para a conservação do ambiente subterrâneo e de seus ecossistemas associados.
A visitação ao parque será realizada de forma controlada, com roteiros definidos, acompanhamento de guias capacitados e regras que garantem a segurança dos turistas e a preservação do ambiente frágil das cavernas e da Caatinga. A abertura da unidade, resultado de longos estudos técnicos, reforça o compromisso com a conservação, a educação ambiental e o turismo consciente, que valoriza e protege o patrimônio natural e cultural do semiárido nordestino.

Esta é uma caverna mais rasa e com pinturas rupestres, principalmente da tradição agreste, com figuras geométricas que remetem a contagens.

O que mais chama a atenção é uma abertura no teto por onde cresceu um enorme mulungu. Uma árvore provavelmente centenária que encontrou condições perfeitas para crescer e balancear a questão do calor e da umidade.

Embaixo da bela mata de caatinga, onde reinam as amburanas, há uma quantidade enorme de cavernas, muitas delas interligadas. Essas cavernas garantem que a água seja armazenada durante a época seca e então retirada através de poços.

Luís e Edna começaram o viveiro para reflorestamento do parque como compensação de empresas de cimento. Hoje dominam os segredos da quebra de dormência e enviam mudas para toda a caatinga.

Luciana e Paulo plantaram espécies da caatinga e hoje fazem óleos, sabonetes e pomadas medicinais.