Muito já se falou e muito ainda há de se falar sobre este bioma localizado no coração do Brasil. Muito se fala porque o Cerrado representa a grande fronteira agrícola do Brasil contemporâneo e é hoje o celeiro de grãos do agronegócio. Muito há o que falar, porque o adensamento populacional e a produção agrícola tiveram um papel importante, mas devastador sobre a fauna, flora e mananciais da região.
Formada em Gastronomia e Mestra em Turismo pela UnB, a pesquisadora Cláudia Nasser fala sobre a baunilha do Cerrado. Cláudia explica a relação das pessoas, em Goiás Velho, com a baunilha, e aborda seu uso na doçaria, na medicina e na alta gastronomia.
No Cerrado, a baunilha tem produção extrativista. A fava da baunilha é um produto valioso que pode ser usada para aromatizar açúcar e doces variados, como caldas, sorvetes, bombons, drinks e, hoje, também na chamada cozinha quente. Em Madagascar, principal polo produtor no mundo, o preço dessa especiaria chega a R$ 4.000 por quilo. Mas tudo é fruto de muito sacrifício, como disputa por território, trabalho escravo e atravessadores. A baunilha do Cerrado sofre de outros amargos: destruição do Cerrado, colheita artesanal, produção extrativista, comercialização insipiente e amadora.
A importância das plantas pequenas do bioma Cerrado, que formam um emaranhado de raízes, para facilitar a infiltração da água no solo, garantir a saúde do ecossistema e a manutenção dos mananciais. Das 12.734 espécies vegetais que compõem o Cerrado, mais de 10 mil correspondem a plantas pequenas, como a própria orquídea chamada baunilha, uma joia valiosa na região de Goiás Velho e dos Kalungas, em Cavalcanti-GO.
Desmatamento na Amazônia afeta na reposição de indivíduos da ave de rapina. Harpia está classificada como vulnerável à extinção e criticamente em perigo nos estados da Mata Atlântica, segundo ICMBio.
Recurso refere-se ao Programa Produtor de Água, que reúne práticas para melhoria da infiltração, redução da erosão, recuperação de nascentes e regularização da vazão.