IPÊ lança livro durante VI Congresso de Ecologia
4 de dezembro de 2003“Métodos de Estudos em Biologia da Conservação e Manejo da Vida Silvestre” tem participação de Rudy Rudran, do Smithsonian Institute, e apoio da UFPR e Fundação O Boticário. Experiências bem sucedidas no trabalho em prol da conservação da biodiversidade mundial são a base para a formulação do livro “Métodos de Estudos em Biologia da Conservação… Ver artigo
“Métodos de Estudos em Biologia da Conservação e Manejo da Vida Silvestre” tem participação de Rudy Rudran, do Smithsonian Institute, e apoio da UFPR e Fundação O Boticário.
Experiências bem sucedidas no trabalho em prol da conservação da biodiversidade mundial são a base para a formulação do livro “Métodos de Estudos em Biologia da Conservação e Manejo da Vida Silvestre”, um guia que trata sobre os métodos de trabalho utilizados em Biologia da Conservação, que será lançado dia 12 de novembro, durante o VI Congresso da Sociedade de Ecologia do Brasil, em Fortaleza (CE). Organizado por Laury Cullen Jr., pesquisador e coordenador de pesquisas do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, Rudy Rudran, do Smithsonian Institute (EUA), e pelo diretor científico do IPÊ, Cláudio Valladares Pádua o livro é um conjunto de pesquisas e trabalhos realizados por 30 conservacionistas de várias partes do mundo, que foram ou ainda são professores do curso de Biologia da Conservação, no IPÊ (um dos pioneiros no ensino da disciplina no Brasil).
A Biologia da Conservação, conhecida como “disciplina da crise”, é uma ciência nascida na década de 80, que surgiu da necessidade em se estudar os processos de alteração que vêm ocorrendo no meio ambiente devido a ações humanas destrutivas, bem como as suas conseqüências (como a extinção de espécies), e os meios de evitá-los (ações conservacionistas que previnem o desaparecimento de espécies, entre outras).
“Foram cinco anos para a produção do livro, que nasceu da idéia de organizarmos uma edição com o conteúdo desse curso de Biologia da Conservação, realizado por nós já há muito tempo com o apoio do Smithsonian Institute. É um trabalho que vai ajudar diretamente os profissionais da área de conservação e manejo da vida silvestre”, afirma Cullen Jr.
Dirigido a funcionários de agências de financiamento, administradores públicos, integrantes de ONGs ambientalistas e à pessoas que se interessam ou trabalham com conservação, pesquisas de campo e manejo de parques nos trópicos, o livro pretende auxiliar esses profissionais na execução de trabalhos voltados à Biologia da Conservação.
“Não existem muitos livros sobre Biologia da Conservação e os que existem não explicam o tema de forma prática. É a primeira vez no mundo que se produz um livro didático que aborda o ‘como fazer’ Biologia da Conservação. Faltava uma abordagem desta sobre o assunto”, afirma Pádua.
Sobre o IPÊ
O IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas é a terceira maior Organização Não-Governamental de proteção ao meio ambiente no Brasil, e trabalha há 11 anos na conservação da biodiversidade.
O instituto desenvolve cerca de 30 projetos integrados de conservação e desenvolvimento socioambiental, em cinco regiões do Brasil: Parque Nacional do Superagüi (Paraná), Pontal do Paranapanema e Nazaré Paulista (São Paulo), Estação Ecológica de Anavilhanas (Amazonas) e Serra dos Órgãos (Rio de Janeiro). Nessas regiões, o IPÊ atua em bases científicas, pesquisas, formação de profissionais e educação ambiental, fatores que ampliam a responsabilidade socioambiental de comunidades, empresários e formadores de opinião.
Em todos os trabalhos desenvolvidos, a organização tem adotado a educação ambiental, com abordagens inovadoras e participativas, buscando harmonizar as relações entre seres humanos e natureza, além de trabalhar a ecologia de espécies ameaçadas de extinção, a restauração de habitats, o extensionismo rural, o ecoturismo com base comunitária e a geração de renda por meio de práticas sustentáveis.
Na sua sede, em Nazaré Paulista, interior de São Paulo, o IPÊ mantém o Centro Brasileiro de Biologia da Conservação – CBBC, um ambiente interdisciplinar que capacita os pesquisadores da instituição a buscar alternativas para a sustentabilidade sócio-ambiental, além de tentar, sempre que possível, influenciar políticas públicas pertinentes. O CBBC é pioneiro em diversos cursos, como o de Biologia da Conservação, e já capacitou mais de 490 alunos, de diversos segmentos da sociedade, interessados em conservação ambiental e desenvolvimento sustentado.