RIO+10

ONGs fazem propostas para Johannesburgo

29 de janeiro de 2004

Durante a solenidade de lançamento do documento das ONGs, foram divulgados outros dois documentos: o manifesto "Pelo Futuro da Amazônia", preparado pelo Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), e a coletânea "Diálogos entre as esferas global e local", do Instituto Vitae Civilis. O documento do fórum apresenta sua plataforma para o desenvolvimento sustentável e propostas, baseadas… Ver artigo

Durante a solenidade de lançamento do documento das ONGs, foram divulgados outros dois documentos: o manifesto "Pelo Futuro da Amazônia", preparado pelo Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), e a coletânea "Diálogos entre as esferas global e local", do Instituto Vitae Civilis.
O documento do fórum apresenta sua plataforma para o desenvolvimento sustentável e propostas, baseadas na análise da situação atual, para sete áreas: Agenda 21, Sociobiodiversidade, Clima, Floresta, Água, Energia e Comércio e Meio Ambiente.
A transição para a sustentabilidade no Brasil, segundo o fórum, requer uma mudança profunda no modelo de desenvolvimento. O documento trata em detalhes dos instrumentos e das instituições – da Justiça ao sistema fiscal, passando pela política industrial e reforma agrária – que podem contribuir para essa mudança e o que precisa ser feito por cada uma delas.
Entre as propostas para atingir a sustentabilidade, o grupo recomenda a construção de referências legais, tratados e acordos que, se cumpridos, poderão diminuir sensivelmente os impactos hoje produzidos pelo consumo e pelo comércio sobre o meio ambiente e, conseqüentemente, sobre a vida humana no mundo todo.
O fórum foi criado há dez anos com o objetivo de facilitar a participação da sociedade civil na Rio 92 e de apresentar alternativas para promover o desenvolvimento sustentado. Dez anos depois da conferência no Rio de Janeiro, que acenava com mudanças radicais nas relações entre os países, o que se verifica hoje é uma situação de retrocesso, na opinião do grupo. O documento "Brasil 2002: A Sustentabilidade que Queremos", é uma tentativa de assegurar que as discussões e decisões de Johannesburgo não caiam no vazio.