Consumidor vai poder monitorar a qualidade
26 de fevereiro de 200494% dos esgotos no Brasil não são tratados e 80% das doenças são decorrentes da falta de saneamento. Segundo a OMS, para cada R$ 1,00 investido em saneamento o Governo economizaria R$ 5,00 em serviços de saúde. As empresas de abastecimento de água terão de enviar a todos os seus consumidores um relatório anual sobre… Ver artigo
94% dos esgotos no Brasil não são tratados e 80% das doenças são decorrentes da As empresas de abastecimento de água terão de enviar a todos os seus consumidores um relatório anual sobre a qualidade da água oferecida, permitindo que as pessoas que bebem e dão outras utilizações à água possam monitorar sua qualidade.
A exigência, já em vigor, faz parte da Portaria nª 1.469, do Ministério da Saúde, que estabeleceu novo padrão de potabilidade para a água destinada ao consumo da população. O texto final da portaria resultou de discussões realizadas por técnicos da Fundação Nacional de Saúde, com o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde e de associações de empresas estaduais e municipais, além de profissionais em saneamento. Também participaram dos debates que levaram à portaria, os Conselhos Nacionais de Saúde e do Meio Ambiente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Agência Ambiental Americana e a Universidade de Adelaide, na Austrália.
Água é fundamental até na fabricação de carros Na vida útil de um automóvel muita água também é usada para sua limpeza Estão equivocados os que imaginam que a relação entre o automóvel e a água se limita ao radiador. Gasta-se muita água para produzir um carro, e o peso desse insumo no custo de produção do veículo pode chegar a 1,5%, o que não é nada desprezível, considerando as dezenas de milhões de veículos produzidos no mundo todos os anos. No Brasil, a produção este ano ficará em torno de 1,5 milhão de automóveis. Grande parte da água consumida em uma fábrica de veículos destina-se a atividades de produção tais como a armação da carroceria, a pintura e a montagem final. Com o crescente aumento do consumo de água, especialmente no Sudeste, onde se localizam as principais indústrias automobilísticas, estas passaram a se preocupar com o custo da água na produção de veículos. General Motors Em São Caetano, São Paulo, a General Motors reutiliza 90% da água consumida na produção de seus veículos. A água, captada no rio Tamanduateí, é submetida a tratamento através de estações instaladas pela empresa. Volks A Volkswagen reduziu em quase cem mil metros cúbicos o consumo de água em sua unidade de São Bernardo, em São Paulo, nos últimos três anos, com a intenção de reduzir a conta mensal de água da fábrica. A empresa construiu nove poços artesianos, o que lhe permitiu reexaminar os contratos de fornecimento de água mantidos com a companhia paulista de saneamento, a Sabesp, e reduzir o gasto com água potável, de cinco reais para apenas um real por metro cúbico. Com essa medida, a empresa espera reduzir substancialmente o consumo de água por veículo montado, e ainda diminuir os dispêndios com a manutenção de esgotos. Fiat Em Betim, na Grande Belo Horizonte, a Fiat está seguindo o mesmo caminho da montadora alemã, e anuncia o reaproveitamento de 92% da água que consome na produção de seus veículos, índice que até 1998 era de apenas 40%. O salto foi o resultado direto de um investimento de R$ 12 milhões em estações biológicas de tratamento, cujo retorno ocorreu em apenas três anos. O reaproveitamento impede que a água seja descartada após sua utilização. A cada final do ciclo produtivo, toda a água utilizada é plenamente recuperada, o que levou a Fiat a dispensar a compra de 120 mil metros cúbicos de água por mês à Copasa, a companhia mineira de saneamento.
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