Sugestões das ONGs a Collor
15 de março de 2004A criação do Ministério do Meio Ambiente, uma antiga reivindicação dos ecologistas do País, ainda está longe de ser alcançada. Mesmo considerando essa instituição imprescindível para a conservação da flora e fauna, a presidente da Funatura, Maria Tereza Jorge Pádua, diz que a política brasileira, em termos de preservação do meio ambiente, está muito… Ver artigo
A criação do Ministério do Meio Ambiente, uma antiga reivindicação dos ecologistas do País, ainda está longe de ser alcançada. Mesmo considerando essa instituição imprescindível para a conservação da flora e fauna, a presidente da Funatura, Maria Tereza Jorge Pádua, diz que a política brasileira, em termos de preservação do meio ambiente, está muito atrasada e sem dúvida devem passar ainda umas duas décadas até uma mudança de mentalidade.
Maria Tereza lembra que o Brasil detém a maior parcela de mata tropical do mundo, cerca de 30%, assim como a maior biodiversidade de espécies de flora e fauna, bacia hidrográfica e zona úmida. Mas ao mesmo tempo o País sofre uma degradação ambiental sem limites. Para brecar este processo seria necessário um fortalecimento institucional expressivo. Tereza encara a criação do Ibama como um passo em direção ao surgimento do Ministério do Meio Ambiente, “mas ainda temos que caminhar muito até chegarmos a isto, porque em muitos aspectos o Brasil está aquém da história ecológica do mundo”. Ela diz que o Ibama tem autonomia e seu surgimento foi responsável por uma mudança de mentalidade, uma vez que incorporou a Sudepe, Sudhevea e IBDF.
Propostas
No documento, os ecologistas salientam que “a atual situação do Brasil exige um novo modelo de desenvolvimento que se]a economicamente viável, socialmente eqüitativo e ecologicamente sustentado, para atender às necessidades básicas de sua população”. Enfatizam que, no âmbito social, o ambiente representa meio de vida e base de cultura. No âmbito econômico representa recursos e oportunidade de desenvolvimento. As reivindicações dos ambientalistas, estão divididas nos capítulos de política, economia, estrutura espacial, estratégias setoriais, educação, ciência, tecnologia e meio ambiente.
Jardim Botânico RJ às traças
Uma das mais importantes instituições de pesquisas do País, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, está seriamente ameaçada pelo descaso das autoridades, falta de recursos, invasões e ocupações ilegais por parte de residências e empresas estatais, além da poluição e do abandono generalizado de prédios, equipamentos e plantas. O órgão, fundado em 1808 por D. João VI, já foi considerado o melhor jardim botânico das Américas e é o terceiro do mundo em número de espécies, superado apenas por um de seus congêneres na Índia e outro na Indonésia.
Além de centro de pesquisas botânicas e ecológicas, o Jardim Botânico destaca-se também pelo seu acervo natural, histórico e artístico, sem falar na sua função mais conhecida do público, como local de lazer, recreação, turismo e educação ambiental.