Alimentação

Farinha fortificada previne anemia

3 de março de 2004

     A proposta de fortificação da farinha de mandioca com ferro, deve revolucionar a área da ciência de alimentos, enriquecer o consumo alimentar e gerar tecnologias sustentáveis para a melhoria da qualidade nutricional desse produto nos Estados do Pará e Amazonas.  A farinha de mandioca fortificada com ferro aminoquelado (sal), pode ser usada como medida… Ver artigo


     A proposta de fortificação da farinha de mandioca com ferro, deve revolucionar a área da ciência de alimentos, enriquecer o consumo alimentar e gerar tecnologias sustentáveis para a melhoria da qualidade nutricional desse produto nos Estados do Pará e Amazonas. 

A farinha de mandioca fortificada com ferro aminoquelado (sal), pode ser usada como medida preventiva na incidência de anemia nutricional entre pré-escolares e escolares e tornar-se produto importante em programas de assistência alimentar em creches e escolas públicas nesses estados amazônicos. 


Esta é a principal conclusão da tese de mestrado “Fortificação de farinha de mandioca (Manihot esculenta, Crantz) com ferroaminoácidoquelado: Impacto no nível de hemoglobina de pré-escolares”, da nutricionista paraense Rahilda Brito Tuma. A tese defendida no Curso de Pós-graduação em Ciência de Alimentos, na Universidade do Amazonas, obteve nota máxima, e foi realizada com financiamento do PPG-7 e INPA. 


A deficiência de ferro em crianças é responsável por 90% das anemias na Amazônia oriental e ocidental. Considerado alimento de consumo expressivo na região Norte, a farinha de mandioca fortificada pode tornar-se uma medida concreta na prevenção e diminuição dos altos índices de anemia ferropriva (deficiência de ferro no sangue) entre crianças na faixa etária de 2 a 14 anos, hoje em torno de 50%. 


Segundo a professora Rahilda Tuma, do Curso de Nutrição da Universidade Federal do Pará, o objetivo de sua dissertação foi avaliar a eficácia da utilização da farinha de mandioca fortificada. “Se o programa de merenda escolar considerar os resultados da pesquisa, com certeza poderemos contribuir para a melhoria na qualidade nutricional e prevenção de anemia ferropriva em crianças na fase pré-escolar e escolar”.