Caro leitor

5 de março de 2004

  A árvore é símbolo da vida. Dela os seres vivos tiram alimento, madeira, substâncias químicas, melhoria do clima, proteção de mananciais e, veja bem a foto da capa, uma bela sombra. Da mesma forma que a criança é gerada na barriga da mãe, a natureza usa justamente a árvore – ou o complexo florestal… Ver artigo

 

A árvore é símbolo da vida. Dela os seres vivos tiram alimento, madeira, substâncias químicas, melhoria do clima, proteção de mananciais e, veja bem a foto da capa, uma bela sombra. Da mesma forma que a criança é gerada na barriga da mãe, a natureza usa justamente a árvore – ou o complexo florestal – para gerar água. A não proteção das matas e das florestas significa o desaparecimento da maioria dos seres vivos da Terra. Comemorar o Dia da Árvore é uma tradição tão forte, que o Brasil chega a fazer duas comemorações no ano: uma para a região Norte e Nordeste e outra comemoração para as demais regiões. Nesta edição vamos conhecer os detalhes desse decreto presidencial, que pouca gente conhece e divide no tempo e no espaço a Festa Anual da Árvore. 

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Não há como falar de árvore, de vida, de floresta e de luta e não se lembrar da doce guerreira Marina Silva. Com doçura, mas com firmeza, a senadora-seringueira defende políticas públicas que possam levar um novo paradigma de desenvolvimento para a Amazônia. E deixa, com a simplicidade que lhe é peculiar, o recado: já é hora da gente parar de achar que ser desenvolvido é ser igual a São Paulo. Cada estado, cada região tem que buscar seu próprio caminho. Marina Silva fala de sua infância, do início de sua luta e faz um alerta: é fundamental investir em educação, em qualidade de vida e capacidade de gerência, do contrário a informação vai continuar só com os ricos e a classe dominante.

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A Agência Nacional de Águas começa a dar os primeiros passos. E, para falar a verdade, eles não estão sendo fáceis. Haja vista a sabatina dos cinco diretores da ANA no Senado: muita informação, muitos currículos, muitas perguntas e muito constrangimento.

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Um tema bem moderno volta a ser debatido. Enquanto as fábricas de automóveis estão ficando mais limpas, o desafio continua. Como diminuir a poluição com o uso de combustíveis menos poluentes? Quem responde e o presidente da Anfavea e vice da GM, José Carlos Pinheiro Neto. 

Algumas denúncias sérias também ocupam esta edição: a guerra do narcotráfico cria um impasse entre Brasil e Estados Unidos, deixando os ambientalistas em alerta máximo. Tudo por conta da ação de agentes químicos contra a produção de drogas na Colômbia. O levantamento completo dos estados onde está evidente a exploração do trabalho infantil e, a denúncia de que a Funai manobra no Sul da Bahia para proteger empresários na luta desigual contra os índios Pataxó. 

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Caro leitor, agora, gostaria de lembrar um amigo que costumava dizer: a inteligência anda muito mais depressa que o coração. Só que não vai tão longe. É verdade, quando se joga com a alma, com os sentimentos e com o coração, a luta fica muito mais bonita e muito mais fácil. A senadora Marina Silva que o diga.