Por que o Dia do Meio Ambiente?
29 de abril de 2004l Em rápida enquete feita por um jornalista, entre doze deputados ouvidos rapidamente no Plenário da Câmara, apenas um sabia por que no dia 5 de junho se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente. Com ares de Rolando Lero, um parlamentar paulista respondeu interrogativo:– Amado mestre, não teria sido por que no dia 5… Ver artigo
l Em rápida enquete feita por um jornalista, entre doze deputados ouvidos rapidamente no Plenário da Câmara, apenas um sabia por que no dia 5 de junho se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente. Com ares de Rolando Lero, um parlamentar paulista respondeu interrogativo:
– Amado mestre, não teria sido por que no dia 5 de junho um velho banqueiro paulistano conseguiu emplacar um PROER o que fez melhorar, em muito, o ambiente na Avenida Paulista?
– Ou não seria, oh imperscrutável guru, porque em 5 de junho de 1.500, Pedro Álvares Cabral já de volta à Portugal, teria dito: – Oh! Caminha, tua carta foi quase perfeita. Só esqueceste de dizer que o meio ambiente na Terra de Vera Cruz ainda vai dar muito pano prás mangas?
l Salvou-o, como sempre, um jovem parlamentar mineiro:
– Essa efeméride foi criada pela ONU, justamente para comemorar a data da primeira Conferência Mundial das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, em 5 de junho de 1972. Foi esta primeira Conferência que lançou o alerta sobre o futuro ameaçado: “Há uma só Terra, mas não há um só mundo. Todos nós dependemos de uma biosfera para conservamos nossas vidas”. E, assim, desde esse dia, a ONU iniciou grande trabalho que resultou na criação do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas, conhecido pela sigla PNUMA.
l Quem é que não queria ter um filho-deputado assim?
Realidade nova
Ainda dentro das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, vale
lembrar o primeiro parágrafo da visão panorâmica da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, da ONU, cujo título é “Da Terra ao Mundo”.
l Em meado do século XX, vimos nosso planeta do espaço pela primeira vez.
l Talvez os historiadores venham a considerar que este fato teve maior impacto sobre o pensamento do que a revolução copérnica do século XVI, que abalou a auto-imagem do homem ao revelar que a Terra não era o centro do Universo.
l Vista do espaço, a Terra é uma bola frágil e pequena, dominada não pela ação e pela obra do homem, mas por um conjunto ordenado de nuvens, oceanos, vegetação e solos.
l O fato de a humanidade ser incapaz de agir conforme essa ordenação natural está alterando fundamentalmente os sistemas planetários.
l E algumas dessas alterações acarretam ameaças à vida. Essa é uma realidade nova, da qual não há como fugir. Tem que ser enfrentada.
O céu e a Anjee
l Vale a pena conhecer o Guia do Paraíso.
l Um livro/revista muito bem editado e que traz os melhores roteiros e serviços da Chapada dos Veadeiros: a chapada das cachoeiras e dos cristais que pulsa bem no coração do Brasil.
l A coordenação e edição é da jornalista Anjee Cristina que, com certeza, está deixando muitos leitores da Folha do Meio com saudades.
l Anjee já foi editora deste jornal, ainda é colaboradora, mas faz tempo que não escreve uma matéria com aquele seu estilo leve e sereno. Como são os ares da Chapada.
Sabedoria
l Em tempo de tantas CPIs, vale lembrar o ensinamento de uma velha raposa política de Minas Gerais.
l Em política, o que se diz oficialmente nunca é tão importante quanto o que se escuta sem querer.
l Resumindo: em público, se enrola. Em particular, se diz a verdade.
“Eleitor é igualzinho torcedor. Só se lembra do último jogo”.
Essa é a última esperança de muitos políticos que compareceram às CPIs ou que ocupam gabinetes na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
8 BELEZA – Qualquer cirurgião plástico sabe. A beleza humana também é ecológica, portanto passível de ser destruída.
8 CULTURA – Essa é uma boa discussão: o Ministério da Cultura acha que Meio Ambiente é educação. Não é cultura. Daí que a Lei Rouanet não vale para projetos de meio ambiente. Já aprovar incentivos para um filme sobre o bandido da luz vermelha, vale. Isso é cultura.
8 CELULAR – O progresso traz conforto e mais agressões ao meio ambiente. Estão aí as baterias de telefone celular que não deixam mentir. Vão todas para o lixão, mesmo contendo cadmo e outros materiais radioativos. Estamos preparando uma ampla matéria sobre o assunto para a próxima edição.
8 ALERTA – O negócio está tão feio, mas tão feio que quem estiver vendo uma luzinha no fim do túnel pode se mandar porque é o trem bala.