Pelo Brasil

Pensando globalmente e agindo localmente

27 de setembro de 2004

Da esquerda para a direita: Lege Arlette Trujillo (Secretaria de Ecologia do México) Heitor Matallo (Diretor da  UNCCD – Unidade de Coordenação do México da Convenção de Combate à Desertificação da ONU) Ricardo Sanchez (Diretor do PNUMA) Alexandrina Sobreira (Presidente da Abema) Sabin Mendibil (Conselheiro do Meio Ambiente e Ordenação do Território do Governo Basco/Espanha… Ver artigo

Da esquerda para a direita: Lege Arlette Trujillo (Secretaria de Ecologia do México) Heitor Matallo (Diretor da  UNCCD – Unidade de Coordenação do México da Convenção de Combate à Desertificação da ONU) Ricardo Sanchez (Diretor do PNUMA) Alexandrina Sobreira (Presidente da Abema) Sabin Mendibil (Conselheiro do Meio Ambiente e Ordenação do Território do Governo Basco/Espanha e secretário executivo da nrg4SD), Alejandro Pajor (Secretário de Relações Internacionais e Comércio Exterior do Chaco/Argentina)


Vem aí uma força para promoção do intercâmbio de experiências nas áreas de diagnóstico ambiental, estratégias regionais de desenvolvimento sustentável, implantação de agendas 21, produção limpa, ações contra mudanças climáticas e desertificação, gestão de recursos hídricos e ampliação do uso de energias renováveis. Com esse objetivo, o diretor regional para a América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – Pnuma, Ricardo Sosa, e o secretário-geral da Rede de Governos Regionais para o Desenvolvimento Sustentável, Sabin Mendibil, assinaram um Protocolo de Intenções.
A assinatura aconteceu no final de agosto, durante a II Conferência América Latina e Caribe da Rede, realizada em Recife, por convite da presidente da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente – Abema, Alexandrina Sobreira, que também é a secretária executiva de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Pernambuco,
A primeira Conferência foi em Toluca, no México, ano passado. “A Rede é a concretização da idéia de pensar globalmente e agir localmente ao representar no cenário internacional os governos dos Estados que conhecem bem o lado humano das estatísticas”, disse o diretor do Pnuma.
Sabin Mendibil, também conselheiro Meio Ambiente e Ordenação do Território do Governo Basco, Espanha, anunciou que está propondo a criação de um Fundo de Solidariedade para ajuda aos integrantes da Rede nos países em desenvolvimento. Este fundo deve ser aprovado na assembléia geral da Rede que acontece em fevereiro do próximo ano, na Indonésia. Cerca de 50 governos, abaixo dos Estados nação representados na ONU, estão na Rede. A Abema representa os estados brasileiros.


Países discutem bacia do rio Amazonas
Ministros de oito países que compõe a Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia visitam Encontro das Águas, em Manaus, e aceitam a França no grupo


Os chanceleres de oito países sul americanos, incluindo o Brasil, que participaram da 8ª Reunião de Ministros de Relações Exteriores de Países da Amazônia, não tiveram a oportunidade de acompanhar a medição da vazão dos rios Negro e Solimões quando visitaram o encontro das águas, apesar de estar na programação. Seria muito interessante, pois a Medição Hidrológica é feita pela  pela Agência Nacional de Águas, dentro do programa de Gestão Sustentável das Águas Fronteiriças da Bacia Amazônica.         
Os ministros do Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname acompanharam apenas a descrição das técnicas que permitem, por exemplo, saber   a quantidade de água doce que um rio joga no mar, qual o período do ano em que um rio vai estar mais cheio ou seco. Os resultados deste levantamento auxiliam na previsão de enchentes ou períodos de seca que facilitam o alerta à população e a prevenção de situações críticas. 
Segundo o diretor da ANA, Marcos Freitas, o programa de Gestão Sustentável das Águas Fronteiriças da Bacia Amazônica é o principal projeto que integra Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA) e foi discutido durante o evento em Manaus, dentro do Plano Estratégico 2004-2012.
Deste encontro saiu um documento que vai orientar as ações da OTCA como o estudo dos fenômenos de poluição da região, tanto a poluição provocada pela falta de tratamento de esgoto como também por fenômenos naturais.
Segundo a Secretária da OTCA, Rosalía Orteaga, desde 2002, a gestão sustentável das águas da Bacia Amazônica integra a agenda de OTCA e recebe recursos de US$ de 10,7 milhões, garantidos pelo Fundo Mundial de Meio Ambiente da ONU e conta ainda com a cooperação do Banco Mundial e da OEA.
Em tempo: a França vai se incorporar ao grupo do OTCA como país observador, por estar a Guiana Francesa dentro da bacia.


Vazão média de alguns rios da Bacia Amazônica
    Rio                  Local da Medição                 Vazão (m3/seg)Tapajós               Alter do Chão                        14.167,85
  Solimões               Manacapuru                         132.192,06
Negro                   Paricatuba                            42.181,32
Madeira                Urucurituba                          37.173,88
 Amazonas             Itacoatiara                            171.093,00
 Amazonas             Parintins                               188.599,37
 Amazonas             Óbidos                                218.265,31
 Amazonas                  Foz                                 222.300,00


Cavalgada de 540km semeia árvores e cidadania


Uma cavalgada que semeia a vida. Por onde passam deixam uma semente de cidadania, uma semente de brasilidade e, também, uma semente de árvore.
Os integrantes da Cavalgada
Cultivando Tradições e Água Boa têm botado a mão na massa,
junto com crianças de diversos municípios, para ajudar a revitalizar ambientes degradados. O alvo
tem sido as nascentes de
mananciais, escolhidas como pontos estratégicos para a
preservação das águas.



Foto: Por onde os cavaleiros passavam deixaram uma semente de cidadania e um sentimento e brasilidade


Em Marechal Cândido Rondon, os cavaleiros fizeram o plantio de guajuvira e outras espécies próximo às nascentes que deságuam na Sanga Matilde Cauê, que vai para o Arroio Fundo. O local estava degradado e as nascentes abandonadas, e agora será transformado em parque ecológico pelo município.
Em Quatro Pontes, foi escolhida para o plantio de mudas de aroeira do Paraná uma área de preservação ambiental nos arredores da nascente do Arroio Quatro Pontes, que deságua no Rio Guacu. Mauro Bernardes, responsável pela Secretaria de Meio Ambiente do município, diz que a área foi recentemente autuada pelo IAP, pela falta da mata ciliar, que agora começará a ser reconstituída.
Em Pato Bragado, foram plantadas mudas próximo a uma das nascentes que serão recuperadas pelo Programa Municipal Adote uma Nascente. Atualmente a área sofre com a erosão e a exploração predatória para abastecimento do reservatório de água e do gado. Após o diagnóstico feito pelos alunos do município, as melhorias no local serão prontamente postas em prática.
A cavalgada chegou a Foz de Iguaçu dia 16 de setembro, depois de percorrer cerca de 540km, seguindo o leito do Rio São Francisco Verdadeiro, desde a sua nascente, em Cascavel, e passar por onze municípios. A chegada da tropa culminou com a abertura do 2º Encontro Cultivando Água Boa, promovido pela Itaipu Binacional.