Com a palavra, o leitor
24 de novembro de 2004Defesa do CerradoSerá que as promotorias de Minas Gerais e Goiás vão conseguir mesmo, numa ação cível conjunta, tornar as carvoarias e siderúrgicas co-responsáveis pelo mesmo crime de destruição do Cerrado. Será que a justiça brasileira vai olhar um pouco mais para o crime que se comete contra o ecossistema mais devastado do Brasil? Parabéns… Ver artigo
Defesa do Cerrado
Será que as promotorias de Minas Gerais e Goiás vão conseguir mesmo, numa ação cível conjunta, tornar as carvoarias e siderúrgicas co-responsáveis pelo mesmo crime de destruição do Cerrado. Será que a justiça brasileira vai olhar um pouco mais para o crime que se comete contra o ecossistema mais devastado do Brasil? Parabéns pela reportagem e pelo destaque dado a ação dos promotores que, além da multa, lutam para que os destruidores do Cerrado assumam o custo de recuperação das áreas degradadas pelas carvoarias.
Rachel, Anselmo e Glenda – universitárias e ambientalistas – Goiânia – GO
Parque do rio Preto
Que bela matéria sobre o Parque Estadual do rio Preto… Vocês precisam fazer mais matérias mostrando as unidades de conservação que existem no Brasil, pois só assim as pessoas podem ter vontade de conhecê-las e as comunidades que vivem no parque ou arredores se sentirão no dever de defendê-las e preservá-las.
Déborah Castanho – Belo Horizonte – MG
Rio São Francisco
Fiquei extremamente entusiasmado quando li a reportagem da união dos promotores públicos dos sete estados que estão na bacia do rio São Francisco no sentido de recomendar à Agência Nacional de Águas que não dê outorga para transposição, enquanto o assunto não for discutido e aprovado pelo Comitê da Bacia, pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos e enquanto o Ibama não der o licenciamento ambiental.
Pelo jeito, esses jovens procuradores estão construindo um novo Brasil.
Leila Andrade – Salvador – BA
Nova Ponte
Ganhei de um amigo um exemplar da Folha do Meio Ambiente e divulguei junto aos meus comandados. Nós todos ficamos muito contentes com as informações e reportagens. O jornal ajudou muito em nosso trabalho. Fazemos parte da Polícia de Meio Ambiente de Nova Ponte/MG e desejamos muito continuar recebendo essa publicação. Parabéns a toda equipe.
Devanir de Melo – Sgt Cmt Grupo de Polícia Meio Ambiente
[email protected]
Nova Ponte – MG .
Apoio demais e
de menos
Duas coisas: primeiro parabenizar o site e o próprio jornal pelo excelente conteúdo; segundo, queria uma opinião de vocês: o que vocês acham sobre ONGs, que por terem peso de marketing e de nome (exemplo: o Projeto Tamar, SOS Mata Atlântica, WWF) têm mais favorecimento na arrecadação de verbas? E tem muitas outras ONGs e entidades por aí, que tem gente voluntária, são de menor porte e realizam importantíssimos trabalhos, mas não recebem apoio financeiro nenhum. Aliás, elas não fazem mais justamente por falta de apoio.
Edson Tsukamoto
[email protected]
NR: Obrigado pelos elogios. Quanto à afirmação de que tem entidades que deveriam fazer muito mais pelo que recebem de suporte financeiro, concordamos plenamente.
Não que ONGs famosas e estruturadas não façam um trabalho de valor. Muitas fazem e muito bem. Mas o fato é que existem entidades mais simples, menores que, proporcionalmente, fazem um trabalho de muito mais valor e de muito mais repercussão socioambiental.
Infelizmente, a vida é assim. Muitas vezes, para se ter sucesso, há que ter visibilidade, há que ter padrinho, há que ter sorte e há que ter muita coisa mais. Não deve ser essa realidade que vai esmorecer o trabalho dos pequenos. (Leia, por favor, o editorial na página 04)
Caça esportiva
Gostaria de comentar suas notas “A vida e a morte” publicadas na Coluna do Meio, da edição 151, sobre caça esportiva. Embora a caça seja um esporte (ou atividade cultural) de difícil justificativa nos tempos de hoje, onde a maioria da população perdeu a noção da dinâmica da relação homem/natureza, cabe ressaltar que este assunto não deve ser pautado pelo sentimento fraternal como muitas pessoas tratam seus animais domésticos, transferindo este mesmo sentimento aos animais silvestres.
A caça é praticada em quase todos os países desenvolvidos que possuem algum estoque de fauna. Mais do que um esporte, a caça é uma necessidade para os produtores rurais, que produzem os alimentos que facilmente chegam às nossas mãos pelas prateleiras do supermercado. A simples proibição da caça não garante a proteção da fauna. A maior prova disso é o Brasil, onde a caça é proibida em praticamente todo o país, mas é praticada de forma intensa e predatória. Cabe ressaltar que, para produzir alimentos, é necessário controlar as populações selvagens: não se pode imaginar a criação de gado em áreas onde existem onças pintadas ou uma produção agrícola em um local por onde passam bandos de mais de 200 porcos selvagens (queixadas), além de outros animais que, pouco a pouco, vão somando pequenos prejuízos (catetos, veados, antas, quatis, macacos, gambás, gatos-do-mato, lebres, marrecas, caturritas, pombas, canídeos silvestres, pacas, cutias etc.).
A criação de áreas de caça, além de garantir a preservação de áreas naturais, associadas à geração de emprego e renda, é uma grande fonte de recursos para a conservação e pesquisa. Como funcionário de uma UC na Amazônia Legal, preferiria mil vezes uma reserva de caça com seu ecossistema preservado no entorno desta UC do que uma monocultura, mesmo que o fazendeiro ou criador de gado não permita a caça dentro da sua propriedade. Os grandes vilões da biodiversidade são a destruição e a fragmentação de habitats, não a caça, muito menos uma caça controlada, como a realizada em muitos países sérios e no RS. Existem alternativas, uma delas seria um imposto (mais um) sobre a produção agrícola e pecuária, para o ressarcimento dos prejuízos causados pela predação de animais e lavouras.
Cabe ressaltar que sistemas agroecológicos etc, diminuem o uso de agrotóxicos e os demais impactos ambientais e sociais da agricultura moderna, mas não garantem proteção a este tipo de problema. Por último, gostaria de ressaltar que nenhum animal caçado no RS corre risco de extinção e que os caçadores amadores do RS possuem grande consciência ambiental, que pode ser verificada em qualquer pesquisa ou conversa informal.
Rodrigo De
Moraes Falleiro
[email protected]
Editoriais
Sua Carta ao Leitor sempre apresentam palavras e conteúdos que acaba mexendo com a gente. Isto é maravilhoso! Na última edição, quando fala dos Prêmios Ambientais, seu editorial fez lembrar o julgamento de plantas nas exposições de orquídeas. Como já secretariei várias exposições, vejo que muita gente sai insatisfeita com os resultados. De pronto, seus dizeres exemplificaram todas as situações, tanto que tomo a liberdade de incluir alguns trechos de sua Carta ao Leitor no modesto ENTRE AMIGOS. Será um recado, pois, no final, é como você mesmo diz: “Ninguém precisa ser o melhor. Basta fazer bem aquilo que faz”.
Jurandir Schmidt – Joinville – SC

Procissão de tabebuias
Mal posso acreditar que uma conversa minha com a professora Mônica Meyer fosse parar nas páginas do jornal. O artigo sobre a floração dos ipês ficou lindo. Parabéns! Pena que ele se encontra em uma área de acesso restrito da versão eletrônica aos assinantes da Folha do Meio. Não sei como alguns dos meus colegas especialistas no assunto vão reagir à esta estória de abelhas sendo embriagadas pelo néctar dos ipês. Mas o que importa é o que a Mônica conseguiu passar para o público, chamando a atenção para o hiato existente entre os conteúdos programáticos e a percepção dos alunos em relação ao ambiente que os cerca. Fiquei muito lisonjeado e feliz em saber que, de um modo tão fortuito, um pouquinho do meu trabalho chegou ao grande público e não ficou restrito apenas ao austero meio acadêmico.
Nelson Sabino Bittencourt
Belo Horizonte – MG