Deputado baiano quer liberar briga de galo
24 de novembro de 2004O FATO DE ONTEM: Duda Mendonça é um publicitário em evidência. Foi responsável pela campanha de Lula à Presidência da República e por várias outras campanhas municipais do PT, inclusive a de Marta Suplicy, em São Paulo. Na antevéspera do segundo turno eleitoral, Duda Mendonça ocupou as primeiras páginas da mídia brasileira por ter sido… Ver artigo
O FATO DE ONTEM: Duda Mendonça é um publicitário em evidência. Foi responsável pela campanha de Lula à Presidência da República e por várias outras campanhas municipais do PT, inclusive a de Marta Suplicy, em São Paulo. Na antevéspera do segundo turno eleitoral, Duda Mendonça ocupou as primeiras páginas da mídia brasileira por ter sido preso em flagrante durante uma operação da Polícia Federal de repressão às rinhas de galo num sítio entre Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Federal, mais de 200 pessoas estavam no local, entre elas o vereador reeleito no Rio pelo PT, Jorge Babu.
Segundo o delegado da Polícia Federal responsável pelo caso, Antonio Carlos Rayol, esse crime ambiental é afiançável, mas a formação de quadrilha não. Já o publicitário declarou não ver nenhum crime na atividade, apesar de a briga de galo ser proibida por lei federal.
O FATO DE HOJE: Conterrâneo de Duda Mendonça, o deputado Fernando de Fabinho (PFL-BA) entrou com o Projeto de Lei 4340/04 que, se aprovado, as rinhas de galo e de canário poderão deixar de ser crime ambiental. O projeto tramita em regime de prioridade.
Pela proposta do deputado baiano, será alterada a Lei de Crimes Ambientais, pois estabelece que não constitui crime a realização de competições entre animais. O autor do projeto de lei classifica a prática como uma conduta que já faz parte da manifestação cultural de várias regiões brasileiras.
Segundo Fernando de Fabinho, a lei deve andar em consonância com os hábitos do povo e não contra eles. “Não há como modificar uma realidade existente e enraizada na sociedade. Leis assim acabam por não serem cumpridas, sendo mais uma das que não pegam”, argumenta Fernando de Fabinho e acrescenta: “Além do mais, quem cria galos ou canários para competição não causa ao animal nenhum mau-trato”.
O projeto do deputado Fernando de Fabinho vai ser apreciado nas comissões permanentes da Câmara e não tem data prevista de votação.
Além das brigas de galo, outras diversões humanas com a dor dos animais:
Rinhas de aves – Canarinhos-da-terra são preparados, à semelhança dos galos, para lutas e apostas.
Pitbull Terrier na rinha – Uma luta que termina com a morte e total desfiguração do cão adversário.
Na farra do boi – A tortura começa vários dias antes, pois a graça está em deixar o boi com muita fome. Aí ele é solto e agredido pelos farristas com bambu, paus e facas. No desespero, o boi acaba cercado, corre em direção ao mar e acaba se afogando. Há variações de acordo com a região.
Nos rodeios – Os animais são fisicamente forçados a demonstrar comportamento selvagem. Agulhadas, choques e pancadas são usados para irritá-los. Um artefato é amarrado ao redor do corpo do bicho, apertando a virilha para provocar mais irritação no animal.
No circo – Na maioria das vezes os animais são dominados e amestrados pela dor e tortura. Eles aprendem a obedecer por medo. Os leões são dominados pelo fogo e por chicotes, muitas vezes garras e presas são extraídas.