Diplomatas plantam árvores para comemorar Kioto
23 de fevereiro de 2005Foto: O ministro Everton Vargas (de pé) acompanha o plantio de uma das 141 mudas de árvores que vai formar o Bosque Kioto, em Brasília De acordo com o coordenador geral de Pesquisas em Mudanças Globais do Ministério da Ciência e Tecnologia, José Miguêz, o Protocolo de Kioto é o início de uma longa caminhada,… Ver artigo
Foto: O ministro Everton Vargas (de pé) acompanha o plantio de uma das 141 mudas de árvores que vai formar o Bosque Kioto, em Brasília
De acordo com o coordenador geral de Pesquisas em Mudanças Globais do Ministério da Ciência e Tecnologia, José Miguêz, o Protocolo de Kioto é o início de uma longa caminhada, porque ainda há outros desafios importantes a enfrentar, como, por exemplo, o desmatamento da Amazônia. Nesse caso, o secretário do Ministério do Meio Ambiente lembrou que, embora o Brasil não tenha o compromisso de reduzir metas assumido oficialmente, tem um compromisso ético. O governo brasileiro está preocupado com isso e está realizando uma série de programas interministeriais para evitar e reduzir os desmatamentos e queimadas na Amazônia, como o Programa Amazônia Sustentável, e o Plano de Desenvolvimento Sustentável para a Área de Influência da BR-163, disse.
No caso brasileiro, de acordo com Zveibil, os maiores índices de emissões estão ligados exatamente as queimadas, ao contrário de outros países onde o maior problema é a queima de combustíveis fósseis. Nesse campo, de acordo com o secretário, o País tem muito a mostrar e a oferecer. O Brasil dispõe de característica diferenciada em relação aos outros países. “Cerca de 90% de nossa energia elétrica provém de fontes renováveis. Além disso, o governo desenvolve programas como o Proinfa, Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica, a produção e utilização do álcool como combustível – tecnologia vista como potencial para exportação “e o programa de biodiesel”.
A criação do Bosque Kioto foi um gesto simbólico para marcar a data da entrada em vigor do Protocolo. Mesmo assim, embaixadores e representantes dos 141 países que ratificaram o acordo compareceram ao Jardim Botânico para plantar mudas de 14 espécies de árvores do Cerrado, como ipês, copaíbas, sucupiras, jacarandás e jatobás. O Brasil ficou representado por um ipê roxo, plantado pelo secretário do Ministério do Meio Ambiente.