AMBIENTE-SE

Plástico: de rejeito a energia

23 de fevereiro de 2005

· É possível reduzir a poluição atmosférica causada pela queima de rejeito plástico, utilizando-o na produção siderúrgica, como energia. É o que mostra recente pesquisa desenvolvida pela Universidade New South Wales – Austrália.· Até 50% do carvão ou coque pode ser substituído sem comprometer as qualidades exigidas na fabricação do aço metalúrgico.· O resultado tem… Ver artigo


· É possível reduzir a poluição atmosférica causada pela queima de rejeito plástico, utilizando-o na produção siderúrgica, como energia. É o que mostra recente pesquisa desenvolvida pela Universidade New South Wales – Austrália.
· Até 50% do carvão ou coque pode ser substituído sem comprometer as qualidades exigidas na fabricação do aço metalúrgico.
· O resultado tem sido bastante satisfatório para a redução de gases que provocam o efeito estufa.
· O plástico, quando incinerado, elimina apenas fisicamente a quantidade de lixo, mas os gases são produzidos consideravelmente.
· O que não acontece quando reaproveitado como energia. A altas temperaturas, a combustão é total e há redução na produção de dióxido de carbono.


Negligência ou impunidade?


· Quando um relatório preliminar do Ministério da Saúde chega a apontar a existência de pelo menos 689 áreas potenciais e efetivas de contaminação de solo, com 1,94 milhão de pessoas sob risco de exposição, falar em recuperação é no mínimo subestimar nossa inteligência.
· Se são passivos criados há décadas (ou recentemente), não vem ao caso.
· Enquanto o tema for pensado apenas sob o ponto de vista corretivo, de remediação, não iremos avançar.
· Mais que punir empresas ou atividades que transgridam padrões de qualidade ou que introduzam modificações indesejáveis ao ambiente, é impedir que elas se instalem inadequadamente.
· O que é pior. Os cidadãos, os maiores interessados, pouco sabem a respeito.
· Desconhecem o que é uma atividade de risco, nem as instâncias representativas de poder para que seus direitos sejam preservados.
· Se nem quem fiscaliza e a quem compete prevenir consegue fazê-lo eficientemente, imagina só o mundo em que vivemos.
· Continuam os riscos à saúde pública, à manutenção dos ecossistemas e a total desvalorização do espaço urbano.


Cidadania corporativa


· Taí uma parceria bem sucedida.
· O Projeto Estações Reciclagem Pão de Açúcar-Unilever foi reconhecido pelo Guia Exame da Boa Cidadania como destaque ambiental em 2004.
· Essa foi uma ação corporativa que permitiu conciliar estratégias econômicas, ambientais e sociais.
· Em 2001, foram instalados em 12 lojas da rede Pão de Açúcar os primeiros Pontos de Entrega Voluntária.
· Esse sistema prático e eficiente de coleta seletiva foi disponível não só aos clientes da rede, mas também à comunidade do entorno.
· O sistema fecha 2004 com 80 lojas, em 17 cidades de seis estados e 5,6 milhões de toneladas de recicláveis.
· Com o apoio da BR+10, hoje responsável pela operacionalização, o negócio sustentável cresceu e, segundo seu diretor Paulo Ishimura, tem um componente social: inseriu no projeto ex-catadores de lixo.


Mercúrio ameaça rio Negro
· Pesquisadores da Unesp, Unicam, PUC , UFRJ  e Ibama estudam a concentração de mercúrio no solo, na água, no ar e nos peixes da bacia do rio Negro.
· A intenção é traçar um modelo para o ciclo do mercúrio, ou seja, descobrir como ele é transferido para os diferentes reservatórios (água, ar e atmosfera) e para os seres vivos.
· Os pesquisadores trabalham a partir de hipóteses baseadas em estudos internacionais, que relacionam as altas concentrações deste elemento ao garimpo de ouro. Ao que se sabe, não há histórico de garimpo nesta área.
· Outra hipótese é o surgimento natural a partir da decomposição de solos e rochas.
Só a partir das amostras coletadas é que haverá conclusões e saber qual a influência da sazonalidade no teor e no transporte de mercúrio no solo, com as possíveis diferenças entre a concentração no período de seca e chuva.


Energia
na China

· Quanto poderá custar para o planeta Terra a China ser reconhecida como uma grande economia e um gigantesco mercado consumidor?
· A resposta é fácil: muitíssimo.
· Para o presidente da Fundação de Tendências Econômicas, Jeremy Rifkin, o crescimento lá funciona como uma espécie de vício, pois o ritmo é frenético, o mercado exige cada vez mais produtividade e automação.
· E toca os chineses a gastar mais energia. Aí que está o problema: por falta de energia, a qualquer momento essa economia poderá desaquecer.
· Só que os chineses não parecem preocupados e nem tão pouco possuem um plano claro para sair da era dos combustíveis fósseis.
· Jeremy Rifkin acha que sem investir pesado em energia renovável, a China vai estar aumentando os riscos ambientais e pode gerar uma instabilidade política.
· Do tamanho de 1 bi e 200 milhões de pessoas.


Análise do Ciclo de Vida
· Governo, iniciativa privada, centros de pesquisa, universidades se mobilizam para adotar mais uma ferramenta de gestão ambiental, que nos próximos anos irá nortear o mundo dos negócios.
· Antecipando-se as exigências do mercado internacional, todos se reuniram no Instituto Ekos (SP) para debater as adequações da indústria brasileira às normas da ISO 14040.
· É reconhecida a importância da Avaliação do Ciclo de Vida – ACV como instrumento de competitividade ambiental para as conveniências comerciais do Brasil.
· Para o professor Gil Anderi, coordenador do Grupo de Prevenção da Poluição da Poli-USP, construir um banco de dados e capacitar recursos humanos, são as primeiras providências.
· Foram definidos elementos para difundir a ACV: transferência de tecnologia, estudo de políticas públicas e o desenvolvimento de um projeto piloto em sub-setores industriais, sob a coordenação do IBICT.
· A AVC chegou para ficar.


Estudos sobre biodiesel
· Enquanto o governo anuncia o Programa Brasileiro do Biodiesel, os meios acadêmicos estudam a viabilidade e os efeitos desse tipo de combustível.
· O Grupo de Prevenção da Poluição (GP2) do Departamento de Engenharia Química da Poli/USP iniciou uma “Avaliação do desempenho ambiental do biodiesel, para as condições brasileiras, usando a Análise do Ciclo de Vida”.
· O projeto pretende reunir os esforços esparsos que vem sendo desenvolvidos em diferentes instituições do país para evitar a duplicidade do consumo dos parcos recursos disponíveis.
· Serão contempladas no estudo diferentes matérias-primas, de acordo com as vocações técnicas, econômicas, sociais e ambientais de cada região brasileira.
Além do GP2, estarão envolvidos vários núcleos de competência das áreas agronômica, industrial e de transporte veicular.