AMBIENTE-SE

O Legislativo na luta ambiental

21 de março de 2005

· O Núcleo de Gestão Ambiental, da Câmara dos Deputados, Eco-Câmara, é de uma referência na Esplanada dos Ministérios.· Desde de 2003, quando criado, tem procurado internalizar as questões ambientais às suas atividades administrativas e operacionais de maneira integrada, comprometendo servidores e colaboradores.· Iniciou sua Programação 2005 com a Primeira Jornada de Práticas Ambientais. Direcionada… Ver artigo

· O Núcleo de Gestão Ambiental, da Câmara dos Deputados, Eco-Câmara, é de uma referência na Esplanada dos Ministérios.
· Desde de 2003, quando criado, tem procurado internalizar as questões ambientais às suas atividades administrativas e operacionais de maneira integrada, comprometendo servidores e colaboradores.
· Iniciou sua Programação 2005 com a Primeira Jornada de Práticas Ambientais. Direcionada aos públicos interno e externo, os conteúdos abordados vão provocar um repensar de atitudes. Uma mudança de postura e de cultura institucional.
· A Jornada começou em fevereiro deste ano e as abordagens são fundamentais dentro do processo legislativo: vão da conceituação sobre a consciência ecológica, arquitetura sustentável, gestão dos recursos hídricos até aos resultados práticos, por meio de oficinas e estudos de cada caso.
· Taí um bom motivo para cada eleitor acompanhar o trabalho de seu deputado.


Novo design, nova embalagem


· Uma parceria do bem e do lucro: A Associação Brasileira de Reciclagem e o Sebrae vão fornecer subsídios técnicos e financeiros às pequenas e médias empresas para o aprimoramento de embalagens.
· Objetivo: tornar as pequenas empresas mais competitivas.
· Vale lembrar, que não basta criar nova identidade visual.
· O design, associado aos apelos publicitários e de marketing, é um indutor de compra e está sendo avaliado por um novo perfil de consumidor.
· Integrado às relações de consumo, o design é avaliado sob o ponto de vista econômico, do direito, da saúde, do meio ambiente e da ética. E é nesta linha que as empresas vão adequar seus produtos para competir.
· O diferencial é claro: vencerá a empresa que conceber seus produtos buscando a redução de matéria-prima e de energia, utilização de materiais reciclados e que favoreçam a coleta de embalagens e sua reciclagem final.
· Enganar e maquiar, nem pensar.


Minimizar, eis a questão


· A sociedade moderna é a sociedade produtora de lixo. Tudo vira lixo: sacolas, pilhas, baterias, brinquedos, embalagens, etc etc. Quanto maior o adensamento urbano, maiores são os riscos.
· A Gestão dos Resíduos Sólidos tem sido um fator de preocupação e mobilização. Muitos incentivos ao reaproveitamento e à reutilização, associados à possibilidade de gerar receitas e novos empregos, surgem como alternativas para solucionar o acúmulo de lixo e a sua disposição inadequada.
· Mas é preciso cuidado ao abordar a questão. Apesar das adesões da sociedade, de segmentos significativos, dos benefícios e vantagens dos procedimentos da coleta seletiva/reciclagem, nada poderá sobrepor ao foco principal: a redução na produção do resíduo.
· A valorização em excesso dos benefícios, equivocadamente, poderá induzir atitudes involuntárias de compra, desperdício, apenas para atender esta “demanda”.
· Mudar os padrões de produção e consumo para minimizar é o que importa.


Agrotóxicos: destinação de embalagens


· O sistema de destinação final de embalagens descartadas de defensivos agrícolas apresentou um crescimento de 53% na devolução no mês de janeiro, em relação ao ano anterior. Um total de 1.341 toneladas.
· Quatro estados se destacaram: São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Goiás.
· É o resultado de um Programa do Inpev – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias e empresas de defensivos, dedicado ao gerenciamento de embalagens de fitossanitários.
· O Instituto visa apoiar a indústria, os canais de distribuição e os agricultores na destinação final das embalagens, evitando o manejo incorreto, com riscos à saúde e ao meio ambiente.
· Isso ajuda também a não ocorrer atos ilegais de reaproveitamento com produtos químicos falsos.
“É uma experiência inédita”, envolvendo todos os elos da cadeia produtiva, afirma o presidente do Inpev, João Rando.


Vidro, volta
às embalagens

· A americana Owens-Illinios, dona da marca Cisper, vende a unidade de resina PET no mundo e deixa de produzir garrafas plásticas. Todo dinheiro será aplicado na produção de vidro.
· Para José Antônio R. Lorente, presidente no Brasil, os investimentos para ampliar a produção são grandiosos e nem mesmo a perda de clientes tradicionais, como os fabricantes de requeijão e a famosa Hellman’s inibem planos futuros.
· Até porque “a mudança da embalagem de vidro para plástico, no caso da Hellman’s-México, já exibe queda de mercado”.
· Enquanto isso, a Coca-Cola para reduzir o custo do produto ao consumidor volta a usar as garrafas retornáveis de vidro. Para maior satisfação, a AmBev, amplia de 72% para 77% o volume envasado em garrafas de vidro.
· Lorente observa que produtos que querem sofisticação, têm buscado embalagens de vidro. A tendência, como na Europa, é que alimentos como ervilha, milho e salsichas também cheguem ao vidro.
“A verdade é que a transparência trabalha a favor do vidro”, comenta José Antônio R. Lorente.


Montadoras tem
seu lado verde

· Quando pensamos em agressão ao meio ambiente provocada pelos carros, a poluição do ar é o primeiro problema que vem a cabeça.
· Neste aspecto, os investimentos estão sendo consolidados e houve um avanço fantástico com o Proconve para minimizar a emissão de poluentes.
· Mas outros fatores, como sucata de materiais plásticos, ferro fundido e borracha são igualmente nocivos.
· Como as montadoras se posicionam? No Brasil, só existe mobilização quando vem uma orientação forte das matrizes, sobretudo em ações voltadas para o reúso.
· Aí aparecem investimentos em recursos naturais (fibras de coco, carauá) garrafas PET para fazer carpetes, ou focam nos procedimentos da reciclagem tradicional.
· Se alguém acha que pode vir por aí uma parceria com o governo – que há tempos acenou com a criação de centros de reciclagem para aproveitar peças de carro velho – é melhor não contar.
· Tudo não passou da intenção de uma tarde de verão.


Produção
mais limpa

· O mundo moderno é conhecido pela diversidade de produtos, de tecnologias. Também é conhecido pelo uso indiscriminado e predatório de recursos hídricos, de energia, de recursos naturais tudo com alto custo ambiental. Até danos à saúde.
· Tornou-se urgente rever a gestão dos processos produtivos e de ampliar o conceito de qualidade do meio ambiente e bem-estar social. É hora de despertar uma nova consciência empresarial.
· Grandes grupos, em parceria com o MMA deram forma ao pensamento do setor e lançaram a Agenda Brasileira.
· Conceitos como ecoeficiência e responsabilidade corporativa passam ser considerados importantes fatores de competitividade. Apesar da reação pró-ativa, perante o desafio de alterar padrões de produção, as iniciativas ainda são tímidas e pontuais.
· Exigem mais empenho para a formulação de políticas e gestão pública. É nesse sentido que a SQA/MMA, se mobiliza. Do empenho de compras verdes à elaboração de uma Política Nacional de Produção Mais Limpa.