Folha do Meio Ambiente

Deputado Chico Floresta quer maior proteção da fauna do DF

A forma desordenada como são ocupadas as áreas naturais no DF acabou por levar ao isolamento das unidades de conservação. Por isto, o deputado Chico Floresta (PT) vice-presidente da Câmara Legislativa do DF, protocolou projeto de lei que cria o corredor ecológico da Península Norte para ligar as áreas de proteção ambiental (APA) do Ribeirão Bananal e do Ribeirão do Torto.
 De acordo com o projeto, o braço do corredor ecológico no Ribeirão Bananal vai se estender da divisa do Parque Nacional de Brasília até a Ponte do Bragueto. O braço do Ribeirão do Torto irá da divisa do Parque Nacional até a altura do final do Conjunto 4, da QL 5, do Lago Norte. As áreas de proteção permanente dos afluentes do Ribeirão do Torto também farão parte do corredor.
Explica Chico Floresta que além de garantir a conservação efetiva das áreas de proteção, o projeto tem o objetivo de criar condições para o livre trânsito da fauna entre o Parque Nacional de Brasília e o Lago Paranoá e incentivar atividades de pesquisa, estudos e monitoramento ambiental.  “Lobos, lontras, antas e capivaras são freqüentemente atropelados ou têm suas necessidades de deslocamento restringidas”, diz o deputado.
 O projeto tem ainda importância ambiental, urbanística e social, pois garante a destinação de espaços para a conservação de ecossistemas próximos a áreas urbanas. “Isso garante à comunidade local um espaço natural para contato direto com o Lago Paranoá e dois de seus mais importantes afluentes, conforme previsto no projeto original de Lúcio Costa”, ressalta Floresta. Na verdade, o Lago Paranoá é um corredor natural para populações relacionadas ao ambiente aquático e o único elo seguro entre o Parque Nacional de Brasília e o complexo formado pelo Jardim Botânico de Brasília, a Fazenda Água Limpa e a Reserva Ecológica do Roncador, todas áreas núcleo da Reserva da Biosfera do Cerrado.