Folha do Meio HÁ 16 ANOS

INTENÇÃO E GESTO

9 de junho de 2005

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro é o detentor número dois nos arquivos do Tombamento do Patrimônio Histórico Nacional. Ostenta, ainda, o título de primeiro Jardim Botânico das Américas e de o mais rico acervo florístico dos trópicos. Mas o Jardim Botânico do RJ esconde um câncer: um riacho que nasce límpido nas matas… Ver artigo


O Jardim Botânico do Rio de Janeiro é o detentor número dois nos arquivos do Tombamento do Patrimônio Histórico Nacional. Ostenta, ainda, o título de primeiro Jardim Botânico das Américas e de o mais rico acervo florístico dos trópicos. Mas o Jardim Botânico do RJ esconde um câncer: um riacho que nasce límpido nas matas do Parque Nacional da Tijuca e que cristalino adentra seus limites, ali se polui, indo desaguar na Lagoa Rodrigo de Freitas poluído que está por esgotos da rua Pacheco Leão e por mais de 3 mil invasores que se instalaram dentro do JB, mercê da negligência do poder público. Pior: com beneplácito dos políticos e da sociedade.


DÍVIDA EXTERNA — Com o auditório do Banco Central lotado, o professor Wanderbilt Duarte de Barros, então presidente da FBCN, e o ministro do Interior (interino) José Carlos Mello, abriram as primeiras discussões no Brasil sobre a possibilidade da conversão da dívida externa em projetos do meio ambiente, durante o Seminário Recursos Externos em Projetos de Meio Ambiente: Possibilidades e Critérios. Na sua fala inicial, Wanderbilt alertou: “Precisamos cuidar de nossa soberania, da nossa dignidade, da grandeza do Brasil. Mas a ajuda externa pode vir e não devemos temê-la, porque ela não provocará melindres a nossa soberania”.


Conversão da Dívida — Já o ex-presidente do BC, Geraldo Langoni, defendeu a conversão da dívida em projetos de meio ambiente. Disse que a poupança internacional pode alavancar o desenvolvimento do País, sem que sua soberania corresse risco. Langoni apontou três formas de captação:
1) Transferências governamentais (doações a fundo perdido)
2) Recursos oriundos de organismos multilaterais (empréstimos a longo prazo)
3) Fontes privadas (doações sem intermediação governamental).


A Folha do Meio Ambiente circulou pela 1a vez em 23 de junho 1989. Nestes 16 anos, o jornal chegou a 3.250 municípios, a todos os postos diplomáticos brasileiros no exterior, a todas as embaixadas estrangeiras no Brasil, todas as ONGs nacionais e estrangeiras e a mais de 15 mil escolas no País.