Transposição em setembro
18 de agosto de 2005Coragem mesmo tem o Diretor de Licenciamento e Qualidade Ambiental do Ibama, Luiz Felipe Kunz. Kunz diz que o Ibama pode conceder, neste próximo mês, o licenciamento ambiental para o início das obras do projeto da transposição do rio São Francisco. Os técnicos do Ibama estão na fase de análise do plano básico ambiental, que é a… Ver artigo
Coragem mesmo tem o Diretor de Licenciamento e Qualidade Ambiental do Ibama, Luiz Felipe Kunz.
Kunz diz que o Ibama pode conceder, neste próximo mês, o licenciamento ambiental para o início das obras do projeto da transposição do rio São Francisco.
Os técnicos do Ibama estão na fase de análise do plano básico ambiental, que é a etapa “de detalhamento dos programas previstos no estudo de impacto ambiental”.
Segundo o diretor, o Ibama já analisou a obra sob o aspecto da viabilidade ambiental e concedeu a chamada licença prévia.
Enquanto isso, a revitalização…
“O mundo meu é pequeno, Senhor!
Tem um rio e um pouco de árvores.
Nossa casa foi feita de costas para o rio. Formigas recortam roseiras da avó.
Nos fundos do quintal há um menino e suas latas maravilhosas.
Todas as coisas deste lugar já estão comprometidas com aves.
Aqui, se o horizonte enrubesce um pouco, os besouros pensam que é incêndio”.
Manoel de Barros
Água mineral
No dia 11 de agosto foi realizada a 8a audiência pública da Comissão Especial das Estâncias Hidrominerais da Assembléia de Minas.
Por lei, as estâncias hidrominerais de Minas são 12: Araxá, Caldas, Cambuquira, Caxambu, Jacutinga, Lambari, Monte Sião, Passa Quatro, Patrocínio, Poços de Caldas, São Lourenço e Tiradentes.
A comissão, criada para analisar num prazo de 60 dias os problemas enfrentados pelas estâncias hidrominerais, teve seu objeto estendido para a análise de todos problemas de todas as estâncias mineiras.
Há um jogo de interesse por aí: ampliar a discussão para deixar de resolver o essencial que é a super-exploração da água mineral.
Memorial para os irmãos Villas-Boas
Os Irmãos Villas-Boas, ao longo de seis décadas, colecionaram documentos históricos da ocupação do Centro-Oeste e peças raras da arte indígena.
Orlando foi o último dos irmãos a morrer, em 2002. Mas os quatro (Orlando, Leonardo, Álvaro e Cláudio) deixaram todo este acervo na casa de Marina Villas-Boas, viúva de Orlando.
A intenção da família é expor o material num memorial que seria instalado no parque que deve substituir a usina de compostagem da Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo.
Mas a transformação do local em parque, ainda não tem data.
Conseqüência: a proposta do memorial fica indefinida e o acervo corre risco. Está deteriorando.
Sugestão: um governador de algum Estado do Centro-Oeste (mais indicado seria o de Brasília) poderia se adiantar, fazer o Memorial dos Irmãos Villas-Boas e expor ao Brasil todo este riquíssimo acervo.
A saga da construção de Brasília tem muito a ver com a saga dos Irmãos Villas Boas, líderes da Expedição Roncador-Xingu, nos anos 40.
Demarcação equivocada
Ao destacar artigo do general Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, intitulado “Desastrada Decisão”, o senador Augusto Botelho (PDT-RR) voltou a criticar a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol , homologada em 15 de abril deste ano.
O decreto do Presidente da República delimitou essa região Roraima em 1.747.464 hectares de área contínua para cerca de 16 mil indígenas.
Para o senador, “a equivocada decisão não levou em conta os aspectos estratégicos que envolvem a delicada e sensível fronteira brasileiro-venezuelana-guianense. Nem tampouco as peculiaridades muito especiais dos povos que, isolados, não irão viver, com as sérias limitações impostas ao desenvolvimento de Roraima”.
BEBEL

Maria Isabel Mendonça encantou, nos últimos anos, os leitores da Folha do Meio Ambiente com a coluna Ambiente-se. Não há como lembrar da Bebel e não citar a trova do poeta mineiro Soares da Cunha:
“Tu partes, e eu só te digo, Como a última das queixas: Por que não levas contigo
a saudade que me deixas?”