Ecologia & Saúde

Castigo das Águas (2)

9 de agosto de 2005

Ecologia & Saúde

Castigo das Águas

8 de agosto de 2005

Nesta época do ano,  repetem-se as enchentes no centro-sul do país. E quem é o culpado pelas calamidades? Condenar as chuvas é que não dá, porque chover faz parte do ciclo vital das águas e os aguaceiros de verão ocorrem desde quando só havia índios no pedaço. Talvez antes mesmo do surgimentos deles. E silvícola … Ver artigo

Nesta época do ano,  repetem-se as enchentes no centro-sul do país. E quem é o culpado pelas calamidades? Condenar as chuvas é que não dá, porque chover faz parte do ciclo vital das águas e os aguaceiros de verão ocorrem desde quando só havia índios no pedaço. Talvez antes mesmo do surgimentos deles. E silvícola  conviveu com o sobe-desce das águas, fazendo suas moradias nos terrenos altos ou  no estilo palafita. Portanto, os primitivos, considerados por alguns como bichos-do-mato, têm muito a ensinar aos saberecos brasileiros urbanos.


Então, só resta acusar o consórcio governantes-população pelos danos causados pelas enxurradas. O pessoal do Governo tem culpa no cartório por permitir que o povo agrida o meio ambiente. É o caso das permissões ou licenciosidade para construírem moradias nas encostas ou locais pouco acima do nível normal dos cursos d’àgua. No primeiro caso, com a destruição da cobertura vegetal dos morros, que firmava a terra e pedras, fica aberto o caminho para que as enxurradas rompam o que encontrarem pela frente. Quanto às edificações em terrenos de várzeas, é óbvio que naufragarão toda vez que as águas transbordarem. O jeito é deixar os morros seguirem a vocação florestal e as terras baixas para exploração agropecuária. Urbanização segura, só em terrenos altos e com leve inclinação.


O local onde foi construída Brasília é um exemplo disso. Mas, mesmo na Capital Federal, embora esteja num altiplano, começam a ocorrer enchentes. E sabem por culpa de quem? Dos sujismundos, que jogam lixo na rua, principalmente esta praga da modernidade chamada objetos plásticos descartáveis,  provocando o entupimento dos bueiros. Então, se numa cidade de localização e construção planejadas as porcarias colocadas fora das lixeiras dificultam o escoamento das chuvas, dá para entender por que as águas fazem tanto estrago em cidades de planície ou montanhosas, sem vegetação nas encostas dos morros, leitos dos rios assoreados. E tem mais: as enchentes  não causam só danos materiais, porque as águas imundas veiculam doenças sérias. Então, se governantes e a população não se aliarem para que o meio ambiente seja respeitado, inclusive colocando o lixo no lixo, as enchentes serão cada vez piores, num implacável castigo das águas.


Lixo-seletivo
    O quadro de tintas escuras pintado acima ficará colorido se povo e governantes se associarem  na coleta seletiva do lixo. Os cidadãos e as cidadãs, além de pararem de jogar lixo por aí, emporcalhando a natureza e obstruindo as galerias pluviais, colocariam os refugos orgânicos num saco plástico e o que for reciclável (latas, vidros etc.) em outro. Depois, quem fizer a coleta providenciará a venda do material orgânico transformado em adubo, comercializando o restante com as indústrias do setor, e o meio ambiente ficará muito agradecido.  


Poupança-verde
   Decisão ecologicamente correta, esta do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), permitindo que árvores de origem nativa, atualmente com derrubada proibida, se tiverem mudas plantadas, possam ser cortadas quando adultas, e até com venda antecipada a serrarias, na modalidade de contrato de futuro. Certamente, muitos fazendeiros farão esta poupança-verde, plantando mogno, pau-rosa, pau-brasil e outros em fase de extinção.


Picareterapia
    É um tal de propagandearem remédio endurecedor do falo, outro para murchar gordinhos e assim por diante. É pura picareterapia. O certo é viver saudavelmente, com boa alimentação, exercícios físicos moderados e constantes, manter a mente bem parafusada e, acima de tudo, gostar de si próprio, que isto ajuda a regular suas glândulas hormonais.


Professor-pardal (II)
    Recebemos nova carta do professor-pardal, Helmuth Wolfgang Hirth, relatando e com desenhos outros inventos seus, que vão da diversificação do uso de óleos vegetais, dos derivados da mandioca, de embalagens para doces e margarinas que viram marmiteiras, embalagens de sabonetes que servem de saboneteira e novas bolações dele, para quem repetimos a canja de indicar seu endereço a industriais interessados: Av. Sete de Setembro, 2, Vila Celeste, CEP 12600-000, Lorena (SP).


Cozinha dos Deuses
    Ainda dá para tentar uma vaga no Divina Cozinha, encontro que reunirá grandes mestres do forno e fogão, de 26 a 28 de março próximo, em Caxias do Sul (RS), mais propriamente, no Parque Samuara, localizado nos arredores da terra da Festa da Uva. Para uma esticada até lá, ver se ainda tem jeito ligando para “Dolaimes Comunicação e Eventos”, tele-fax (054)223-8677/8272/8560. E bom apetite!