Folha do Meio HÁ 16 ANOS

Boa receita de captação

21 de outubro de 2005

Fazer projetos com metodologia, negociar de forma carreta, cumprir o componente ambiental para ter acesso à contrapartida de recursos nacionais constituem o caminho seguro para conseguir dinheiro externo e financiar o desenvolvimento brasileiro. Essa foi a receita apresentada pelo professor de Estudos ambientais da Unesp, Rio Claro (São Paulo), Enéas Salatti, durante painel Recursos Externos… Ver artigo

Fazer projetos com metodologia, negociar de forma carreta, cumprir o componente ambiental para ter acesso à contrapartida de recursos nacionais constituem o caminho seguro para conseguir dinheiro externo e financiar o desenvolvimento brasileiro. Essa foi a receita apresentada pelo professor de Estudos ambientais da Unesp, Rio Claro (São Paulo), Enéas Salatti, durante painel Recursos Externos na Conservação de Bacias Hidrográficas.
“Se um destes itens for deixado de lado, isto vai prejudicar não só a liberação de recursos por bancos e entidades externas, como também afetará a credibilidade do País”, alertou.
O consultor orienta: quem quiser buscar dinheiro no exterior tem que conhecer as prioridades dos organismos internacionais e avaliar onde é possível e viável desenvolver projetos. “Cada entidade ou banco tem essa definição e é só saber usar”, disse.
O Banco Mundial, por exemplo, definiu nove prioridades para atender a América Latina e o Caribe entre elas, o desmatamento, a poluição hídrica das águas superficiais, a deterioração dos recursos costeiros e a relação entre miséria e meio ambiente.
Como a vigilância sobre o componente ambiental está muito forte, lembrou Salatti, é preciso cumprir todas exigências, sob pena de “ficarmos sempre mais ausentes” na captação de recursos.


Saúde na Floresta


Furo das Onças – “As crianças de Furo das Onças, no interior de Marabá, PA, são mais fortes e saudáveis do que as que vivem na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, RJ, um dos espaços mais valorizados do mundo”. A observação é da bióloga Sônia Maria Dias, da Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza – FBCN. A explicação é simples: enquanto em Furo das Onças come-se e vive-se em ambiente harmônico com a natureza, em Ipanema, RJ, a ameaça à vida saudável começa na praia, com os elevados índices de contaminação da água, o que provoca inúmeras doenças.
Isso, sem falar no “stress” do trânsito, no barulho, preocupação com a violência, na poluição do ar, nas refeições feitas às pressas. Tudo isso também é causa de enfermidades e da má qualidade de vida.


A Folha do Meio Ambiente circulou pela 1a vez em 23 de junho 1989. Nestes 16 anos, o jornal chegou a 3.250 municípios, a todos os postos
diplomáticos brasileiros no exterior, a todas as
embaixadas estrangeiras no Brasil, todas as ONGs nacionais e estrangeiras e a mais de 15 mil escolas no País.