Falando Sério

Falando Sério

18 de julho de 2006

Cerrado esquecido“E o Cerrado foi esquecido pela Comissão Especial do Cerrado da Câmara dos Deputados. Logo no ano em que o extraordinário romance “Grande Sertão: veredas”, de Guimarães Rosa, completa 50 anos, o Congresso Nacional oferece como presente o total desprezo e desrespeito por aquele que, no momento, é o mais ameaçado dos biomas brasileiros”.César… Ver artigo

Cerrado esquecido
“E o Cerrado foi esquecido pela Comissão Especial do Cerrado da Câmara dos Deputados. Logo no ano em que o extraordinário romance “Grande Sertão: veredas”, de Guimarães Rosa, completa 50 anos, o Congresso Nacional oferece como presente o total desprezo e desrespeito por aquele que, no momento, é o mais ameaçado dos biomas brasileiros”.
César Victor do Espírito Santo, engenheiro florestal e superintendente da Funatura.


Viagem com Guimarães Rosa
“Mais do que uma coleção de água de outros rios, córregos, riachinhos com seus leitos sinuosos, os rios de Guimarães Rosa são marcas de identidade. Os cursos de rio sinalizam os caminhos do curso de vida de um Riobaldo, um menino homem que tem um rio dentro de si para navegar no sertão. O Grande Sertão: Veredas  abre tantas possibilidades de leituras, recortes  e estudo que a melhor dica é iniciar a travessia do ser-tão!”
Trecho da tese de doutorado “Ser-tão natureza: a natureza em Guimarães Rosa” da escritora  Mônica Meyer, professora da Faculdade de Educação-UFMG.


Suicida ou inconseqüente
“Somos um bando de suicidas. Ou de inconseqüentes, o que é pior. O suicida, pelo menos, sabe o que quer. O inconseqüente gira em torno do próprio umbigo, pouco se lhe dando pelo que ocorre fora da órbita de seus interesses mais imediatos, geralmente voltados para coisas que possam rechear seus bolsos”.
Do jornalista Augusto Marzagão ao analisar as conseqüências do degelo polar, do avanço da desertificação e da escassez de água doce no mundo.


Contra o desmatamento
“Existem 160 mil quilômetros quadrados já convertidos para a agricultura e que hoje estão abandonados na Amazônia. Por isso o Ministério da Agricultura precisa de um plano. Se usarmos esse território de forma semi-intensiva, podemos dobrar nossa capacidade de produção de grãos e de criação de gado sem derrubar uma só árvore”.
Ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, defendendo o fim da expansão agrícola na Amazônia.


Sem terra: manisfesto dos bichos e plantas
“Para nós, bichos e plantas, conservar o ambiente integral da casa em que vivemos (os parques) é tão importante como para vocês é a saúde, a segurança, a educação e a infraestrutura produtiva de alimentos e bens. Somos 30 milhões de formas vivas e coloridas e somos tão importantes para vocês como o ar, a água e a terra. (…) Reivindicamos um orçamento para regularização fundiária de nossas terras, que são os parques e reservas”.
Essa carta foi “lida” pela sábia coruja buraqueira durante o Seminário COMBIO-BH. A carta é “assinada” pelos bichos nacionais: capivara, o jaguaretê, o socó, a arara, o sapo, o bico-de-lacre, o biguá e a garça boeira. E pelos representantes estrangeiros: o  gorila Idiamim, o hipópotomo, a girafa, o rei leão e a lhama cuspideira da Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte.
 A “pedido” do macaco-prego, o mais esperto dos primatas de Minas, a correspondência foi encaminhada ao governador Aécio Neves, aos parlamentares mineiros e ao Ministério Público.