Editorial

Caro Leitor

21 de setembro de 2006

Meio ambiente e as eleições Mais uma eleição na vida democrática brasileira. Mais uma oportunidade para se discutir idéias, programas e projetos que beneficiem a sociedade. Sobretudo, mais uma oportunidade para se deixar de lado os que fazem da política uma profissão, um negócio e uma fonte de enriquecimento ilícito para escolher políticos responsáveis e… Ver artigo

Meio ambiente e as eleições


Mais uma eleição na vida democrática brasileira. Mais uma oportunidade para se discutir idéias, programas e projetos que beneficiem a sociedade. Sobretudo, mais uma oportunidade para se deixar de lado os que fazem da política uma profissão, um negócio e uma fonte de enriquecimento ilícito para escolher políticos responsáveis e pensem um pouco mais no Brasil. Quem assiste à apresentação de candidatos e de suas plataformas eleitorais nos programas gratuitos do TSE nota três coisas básicas: todos eles prometem resolver o problema do país e da população; todos eles prometem mais educação, solução para o tratamento de saúde e emprego. Sim, todos prometem acabar com a violência e a corrupção. São perfeitos como candidatos…
Enquanto o Brasil se moderniza na forma de colher e apurar o voto pela informatização do pleito, ainda vivemos um atraso jurássico na forma de fazer política. Os interesses dos eleitos estão sempre em primeiro lugar. Falam de uma obra e de um programa como se fossem seus, feitos com seu próprio dinheiro. Se reelegem não sei quantas vezes estão sempre contabilizando todo esse tempo de deputado, senador, governador ou presidente como um tempo dedicado à nação e ao povo. Esquecem que recebem um bom salário para este trabalho. São pagos para isso. As escolas, as pontes, viadutos, hidroelétricas que constroem é com dinheiro do orçamento que vem dos impostos pagos pelos cidadãos.


Prefeitos que não conseguem administrar a própria casa e o próprio negócio acabam sendo eleitos para administrar complexas cidades cheias de problema e com milhares de pessoas. Na campanha eleitoral nem candidatos e nem eleitores discutem as questões ambientais básicas, como saneamento, coleta e disposição inadequada do lixo, fumaça de veículos e de indústrias e até planos diretores das cidades para evitar a ocupação desordenada do solo. Esta é a realidade eleitoral brasileira e também a realidade da gestão pública dos tomadores de decisão do executivo nacional, estadual e municipal.


Todas estas questões estão abordadas na matéria sobre “o meio ambiente e as eleições de 2006”. A maioria dos candidatos não fala de meio ambiente porque a maioria dos eleitores também não está nem aí para o tema. O que fazer? O que não for feito e corrigido nesta eleição, só na próxima poderá ser consertado.  Páginas 06 e 07.


Nesta edição, também, vamos falar sobre o Dia da Árvore e o início da Primavera. Não deixa de ser o setembro das contradições, pois no meio das homenagens à arvore, as queimadas continuam acontecendo pelas florestas brasileiras e a Amazônia sendo dilapidada num ritmo alucinante. Pesquisas realizadas pelo respeitado Centro de Pesquisa “Woods Hole Research” da Inglaterra acabam de ser divulgadas e o comentarista Glen Barry fez um alerta: a floresta da Amazônia contém 90 bilhões de toneladas de carbono, o suficiente para incrementar a taxa de aquecimento global em 50%. Seria a catástrofe climática que o planeta Terra não resistiria.


Enfim, pela indignação contra as mais variadas ações dos sanguessugas de plantão e pelo caminhar sereno defendendo sempre o meio ambiente e a vida, vale lembrar o poeta mineiro-brasiliense Wilson Pereira:


“O homem que madruga
Tem uma estrela por guia
Lança no escuro
Uma semente de luz
E vai colher o seu dia”.

Há muitos dias ainda por colher…


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