Editorial

Caro Leitor

20 de julho de 2007

Pressionar é direito de todosA Folha do Meio Ambiente volta a circular com mais uma reportagem sobre a degradação da Serra Vermelha, no Piauí. Temos recebido muitas cartas em apoio à iniciativa de am-bientalistas e de moradores da região para que a região seja preservada. Que o governo crie ali o Parque da Serra Vermelha.Trata-se… Ver artigo

Pressionar é direito de todos
A Folha do Meio Ambiente volta a circular com mais uma reportagem sobre a degradação da Serra Vermelha, no Piauí. Temos recebido muitas cartas em apoio à iniciativa de am-
bientalistas e de moradores da região para que a região seja preservada. Que o governo crie ali o Parque da Serra Vermelha.
Trata-se de uma ação de cidadania, que está acima do direito de exploração comercial da área. Intervir, protestar e reivindicar sempre foram e continuarão sendo um marco da civilização. Com os protestos aprendemos a negociar e rever posições. É uma verdadeira queda de braço, vence àquele que melhor argumentos reunir para convencer.
Por que estou dizendo tudo isto? Porque a Folha do Meio tem 18 anos de vida e neste espaço nunca se curvou a pressões de A ou B, mas tanto um como outro sempre pres-
sionaram, o que é saudável na demo-cracia. Portanto, senhores e senhoras leitoras, o espaço está livre para que as opinião sejam expostas. Enviem seus argumentos e seus protestos. A Folha é uma ferramenta a serviço do cidadão.
Nesta edição, infelizmente, temos outra reportagem sobre o uso indevido de bens naturais. Trata-se da multinacional Nestlé, em São Lourenço, Minas Gerais. Há muitos anos a FMA e a comunidade mineira denunciam a falta de sensatez da empresa na exploração da água e do gás natural da região. Ao contrário do que alega a Nestlé, não houve compensação alguma para a região.
A ação do homem na natureza tem seu preço. Nesta edição fala-mos também do extermínio de espécies quase que diária que acontece no planeta. É a Lei da Selva, é a Teoria da Evolução? Pode ser tudo isto junto.
Mas, certamente, as mudanças seriam mais lentas se algumas nações fossem mais cuidadosas no uso de seus recursos naturais. Cabe ao Estado, junto com a sociedade, criar normas para o uso sustentável de nossos recursos e leis rígidas que impeçam ou diminuam a agressão ao meio ambiente.
Por fim, o Brasil está em clima de Jogos Pan-americanos 2007, realizados no Rio de Janeiro. São 5.662 atletas de 42 países das Américas  buscando seus melhores resultados nas quadras, pistas, campos e piscinas. Mas vale lembrar a integração nacional que o esporte proporcionou com o passeio e  revezamento da Tocha Pan-americana.
A chama foi acesa nas Pirâmides de Teotihuacán, no México e iniciou sua viagem pelo Brasil pela cidade de Santa Cruz de Cabrália-BA, em 5 de junho, Dia Mundial do Meio Am-
biente.  Cabrália e Porto Seguro foram escolhidas por formarem a Costa do Descobrimento do Brasil. De Porto Seguro, a Tocha seguiu por 27 capitais e por 22 localidades brasileiras, totalizando 51 pontos de passagem.
Ao chegar ao estádio do Maracanã, a Chama Pan-americana cumpriu sua última missão de integrar o País e acender a Pira Pan-americana. A Chama, os Jogos, a Pira e as medalhas vão acender mais do que a auto-estima e despertar mais do que o espírito de brasilidade. São símbolos que vão também acalentar os sonhos de um bem viver, colocando – quem sabe – um fim de tantos pesadelos.
Boa leitura…


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