Folha do Meio Ambiente

Dos nove estados que compõem a Amazônia Legal – Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins – três deles – Mato Grosso, Pará e Rondônia – tradicionalmente aparecem como os maiores desmatadores, desde que o desflorestamento passou a ser acompanhado, em 1988.
Naquele ano, foi calculada a média entre 1977 e 1988, e o Pará apresentou 6.990 km² de área desmatada, Mato Grosso 5.140 e Rondônia, 2.340 km². Na média 1993/1994, Mato Grosso desmatou 6.220 km², área que cresceu em 1995 para 10.391 km², para 10.405 km² em 2003 e 11.814 km² em 2004.
O Pará aparece como o vice-campeão do desmatamento, com 6.990 km² na média entre 1977 e 2006 e picos de 7.845 km² em 1995, 7.323 km² em 2002 e 8.521 km² em 2004. Já o Estado de Rondônia,  entre 1977 e 200, ultrapassou a barreira dos  quatro mil km² desmatados, com 4.730 km² em 1995, ano recorde do desmatamento da Amazônia até agora, com 29.059 km², mais do que toda a área do Estado de Alagoas.
Os dados oficiais indicam que os Estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia desmataram 241.816 km² de florestas amazônicas, entre 1977 e 2006. Deste total, 106.720 km² correspondem ao Estado do Mato Grosso, 93.584 km² ao Estado do Pará e 41.512 km² ao Estado de Rondônia.
As oscilações dos dados relativos ao desmatamento nesses Estados, de um ano para outro, correspondem, na maioria das vezes, às ênfases dadas à exploração agropecuária no seu território.