MMA quer novo recorde para 2007
22 de agosto de 2007Mais reduçãoSegundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o período que vai de agosto de 2006 a julho de 2007 poderá apresentar um novo recorde de redução do desmatamento na Amazônia, com a previsão de uma área desflorestada de 9.600 km². A estimativa foi feita a partir da análise das imagens orbitais usadas no… Ver artigo
Mais redução
Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o período que vai de agosto de 2006 a julho de 2007 poderá apresentar um novo recorde de redução do desmatamento na Amazônia, com a previsão de uma área desflorestada de 9.600 km².
A estimativa foi feita a partir da análise das imagens orbitais usadas no sistema Deter, – Detecção do Desmatamento em Tempo Real – que embora menos preciso é mais ágil, e pelo sistema Prodes, que utiliza os sensores com resolução especial de 20 e de 30 metros.
Mesmo que tenham sido desmatados 9.600 km² de florestas nos 12 meses terminados em julho último, ainda assim é uma área enorme, correspondente a quase duas vezes a extensão do DF.
O combate ao desmatamento ocorre paralelamente em duas vertentes: na tecnológica, com a aperfeiçoamento dos sistemas de detecção, via satélite, os quais estão indicando uma concentração de derrubada de árvores em áreas menores e distantes uma das outras, e pela via do aumento da fiscalização. No último ano foram realizadas 446 operações de fiscalização, com a prisão de 600 pessoas, nestas incluídos 115 funcionários do Ibama.
A redução de 25% na taxa de desmatamento na Amazônia, entre agosto de 2005 e julho de 2006, evitou a emissão de 410 milhões de toneladas de gás carbônico – CO2 – a destruição de 600 milhões de árvores, a eliminação de 20 mil aves e de 750 mil primatas, conforme anunciou o presidente Lula, ao comentar a queda de desflorestamento em seu programa semanal de rádio, ao qual também compareceu a ministra Marina Silva.
Segundo o Ministério de Ciência e Tecnologia, o Brasil libera na atmosfera cerca de um bilhão de toneladas de gás carbônico por ano, dos quais 750 milhões de toneladas correspondem à derrubada de árvores.
O CO2 é um dos principais gases que contribuem para agravar o aquecimento global.
Fases de ação
Segundo a ministra Marina Silva, o plano de combate ao desmatamento entra agora numa segunda fase, com a adoção de políticas estruturantes, com a participação de outras áreas do governo com interesse na Amazônia.
O Ministério da Agricultura está elaborando o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Agricultura para a Amazônia; o Ministério do Desenvolvimento Agrário estuda uma nova lógica para os projetos de assentamento e o MMA dedica-se no momento a um reexame do plano, para identificar eventuais deficiências e corrigí-las.
Seminário
Esta segunda fase, que envolve 13 ministérios coordenados pela Casa Civil, e estará pronta até o final deste ano, foi objeto de uma análise no 5º Seminário Técnico-Científico de Análise de Dados Referentes ao Desmatamento na Amazônia Legal, recentemente realizado em Anápolis, Goiás.