Dramáticas mudanças com megaprojetos hidroelétricos

25 de dezembro de 2007

Na bacia amazônica, o mais polêmico projeto é o Complexo Hidroelétrico do rio Madeira (Santo Antonio e Jirau, com capacidade conjunta para gerar 6,450 MW). As usinas vão abrigar duas represas á montante de forma a viabilizar, segundo seus defensores, uma hidrovia com extensão de 4.200 km para transporte de soja, madeira e minérios para… Ver artigo

Na bacia amazônica, o mais polêmico projeto é o Complexo Hidroelétrico do rio Madeira (Santo Antonio e Jirau, com capacidade conjunta para gerar 6,450 MW). As usinas vão abrigar duas represas á montante de forma a viabilizar, segundo seus defensores, uma hidrovia com extensão de 4.200 km para transporte de soja, madeira e minérios para portos do Atlântico e do Pacífico.
Esse megaempreendimento é a pedra angular da Iniciativa para Integração da Infra-estrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), formada pelo eixo Brasil-Bolívia-Peru.
Vale lembrar que o Madeira nasce na Bolívia e é o mais importante rio de Rondônia. O Madeira também é um dos mais importantes afluentes do rio Solimões, que ao se juntar ao rio Negro, toma o nome de Amazonas.
Sua bacia cobre cerca de um quarto da Amazônia brasileira. Evidente que as novas hidroelétricas somadas à navegação do rio Madeira e sua conexão com os rios Beni e Guaporé causarão mudanças na ecologia fluvial da região, dificultando bastante o trânsito dos cardumes.
Se não forem tomadas medidas de proteção, esses projetos colocarão sob grave ameaça a biodiversidade única do rio Madeira, destruindo o habitat de aproximadamente 750 espécies de peixe, 800 tipos de pássaros e outros tantos animais selvagens da floresta tropical.