Carlos Minc quer incentivos para conter desmatamento na Amazônia

22 de julho de 2008

Do total verificado pelo Deter em maio, 646 km² correspondem ao Mato Grosso, número 19% menor ao verificado em abril, que mostrou 794 km². Também foram identificados 262 km² no Pará, ante apenas 1,3 km² no mês anterior. O aumento no Pará se explica pela área coberta por nuvens – enquanto em abril apenas 11%… Ver artigo

Do total verificado pelo Deter em maio, 646 km² correspondem ao Mato Grosso, número 19% menor ao verificado em abril, que mostrou 794 km². Também foram identificados 262 km² no Pará, ante apenas 1,3 km² no mês anterior.
O aumento no Pará se explica pela área coberta por nuvens – enquanto em abril apenas 11% do Pará pôde ser visto pelos satélites, em maio a observação aumentou para 41% da área do estado. Além do Pará e Mato Grosso, líderes em desmatamento, foram analisadas imagens do Acre, Maranhão, Amazonas, Rondônia e Tocantins.
Segundo Minc, hoje o avanço predatório sobre a floresta permanece porque é mais barato desmatar do que recuperar uma área degradada para pasto ou para a agricultura. “Não se resolve questão econômica com polícia. É preciso tornar cara a ilegalidade e criar mecanismos econômicos para que seja mais interessante não destruir a Amazônia”, defendeu.
Para ele, tão efetivo quanto o trabalho de fiscalização e repressão que vem sendo conduzido com êxito pelo Ibama e pela Polícia Federal é a co-responsabilização da cadeia produtiva pelo desmatamento. “Eles vão fiscalizar de quem estão comprando, senão serão responsabilizados. Só repressão não resolve o problema”, acredita Minc.
O ministro anunciou que foi firmado um convênio entre os governos brasileiro e japonês para a utilização do satélite ALOS, desde janeiro de 2008, como apoio ao sistema Deter.
A vantagem desse satélite japonês, segundo Minc, é que ele permite a visualização de áreas por imagens de radar “que driblam” as nuvens, o que não ocorre com o Deter que usa imagens ópticas. O ministro afirmou ainda que vai intensificar as operações de fiscalização em áreas prioritárias da Amazônia.