Editorial

Caro Leitor

18 de setembro de 2008

Muito circo e pouca ação Passou agosto e entrou setembro, Brasília continuou agitada com uma história insólita. Animais de um circo, que sofriam maus-tratos, foram resgatados pelo Ibama, com resguardo judicial, e viajaram pra lá e prá cá em plena seca do Centro Oeste. O objetivo do Ibama era nobre: salvar os animais. Os técnicos… Ver artigo

Muito circo e pouca ação


Passou agosto e entrou setembro, Brasília continuou agitada com uma história insólita. Animais de um circo, que sofriam maus-tratos, foram resgatados pelo Ibama, com resguardo judicial, e viajaram pra lá e prá cá em plena seca do Centro Oeste. O objetivo do Ibama era nobre: salvar os animais. Os técnicos do Instituto estavam dispostos a cumprir a missão custasse o que custasse. Custou a vida de um pônei, o estresse de todo o grupo de animais e a desidratação de uma camela, animal do deserto, capaz de ficar até oito dias sem beber água.
Como diriam os mais antigo, de boas intenções o inferno está cheio. Faltou sabedoria para os técnicos do Ibama. Bem que poderiam ter deixado os animais em repouso antes de iniciar a viagem de regresso para Brasília. A umidade do ar em Brasília, neste período de seca, é de apenas 12%, mais baixa do que em áreas desertas da África.  (Páginas 16, 17 e 18)


Ainda o Ibama. O Instituto está na mira da Controladoria Geral da União (CGU). Em 2003, sem licitação, o Instituto contratou uma empresa de consultoria por R$ 2 milhões. Segundo os procuradores que apuram o caso, “a fortes indícios de irregularidade”. (Página 24)


Mas nem tudo é má notícia nesta edição de setembro, mês que comemoramos o Dia da Árvore e a entrada da Primavera. Marcando estas importantes datas, o presidente da República promete investimentos de R$ 28 milhões em seis parques nacionais para promover o turismo.
Os seis parques contemplados são: Aparados da Serra, RS; Chapada dos Veadeiros, GO; Lençóis Maranhenses, MA; Jaú, AM; Serra dos Órgãos, RJ; Serra da Capivara, PI. Além deste, outros quatro parques também receberão investimentos: Foz do Iguaçu, PR; Fernando de Noronha, PE; Abrolhos, BA; e Floresta da Tijuca, RJ.
A verdade é simples e conhecida: sem manejo adequado e sem opções de sustentabilidade, não há salvação para os parques, mesmo porque nenhum governo tem pessoal de fiscalização suficiente para tanta área. (Páginas 8, 9 e 10)
Outra boa notícia: foi fixado prazo para o descarte de baterias e pilhas. Em dois anos, por decisão do Conama, os pontos de venda deverão ter postos de coleta para esses inservíveis e enviá-los para os fabricantes, que são os responsáveis pela reciclagem. A determinação do Conama ainda precisa de regulamentação por meio de instrução normativa. (Página 23)


Entre boas e más notícias, o Brasil caminha para mais uma eleição. Mais uma oportunidade de escolhermos os gestores das cidades brasileiras. Cada eleitor tem que ter a consciência de que se errar na escolha, o município e seus habitantes serão penalizados por longos quatro anos. Se os leitores acertarem, melhor para todos… para as cidades, para o Brasil e, sobretudo, para a Democracia.
Nada de palhaçada nem com os animais dos circos e nem com o voto no dia 5 de outubro, por sinal dia de eleição e Dia da Ave.


 


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