Incentivo

Prêmio Chico Mendes 2008

22 de novembro de 2008

Os primeiros colocados receberão prêmio de R$ 28 mil – exceto categoria Município – e diploma honorífico. A entrega dos prêmios está prevista para dezembro, no Rio de Janeiro. Segundo o ministro Carlos Minc, a intenção é dar visibilidade ao prêmio para que os trabalhados possam funcionar como exemplo para novas iniciativas. O Prêmio Chico… Ver artigo

Os primeiros colocados receberão prêmio de R$ 28 mil – exceto categoria Município – e diploma honorífico. A entrega dos prêmios está prevista para dezembro, no Rio de Janeiro. Segundo o ministro Carlos Minc, a intenção é dar visibilidade ao prêmio para que os trabalhados possam funcionar como exemplo para novas iniciativas. O Prêmio Chico Mendes foi criado em 2002 para valorizar e incentivar trabalhos voltados para a proteção do meio ambiente no bioma Amazônia.


Carlos Minc e o presidente do Chico Mendes Rômulo Melo


 


 


 


 


liderança individual


1° lugar – Ana Maria Carvalho Ribeiro Lange, Cambé/PR.
Nascida em Cambé, no estado do Paraná, Ana Lange formou-se em Antropologia Social na Universidade Federal do Paraná e nos seus 30 anos de dedicação à Amazônia trabalhou na Funai por seis anos, onde lutou pelos direitos dos povos indígenas e em 1986, já no IPEA, trabalhou na coordenação do Programa de Meio Ambiente e Comunidades Indígenas – PMACI, financiado pelo BID. Foi responsável pelos processos de identificação e regularização de áreas indígenas e para o fortalecimento de comunidades de base (extrativistas e de agricultura familiar) e de várias organizações não governamentais. No MMA, foi responsável pelo Programa Amazônia Solidária, voltado para o fortalecimento das comunidades extrativistas, indígenas  e locais. Também coordenou uma rede de instituições para a implantação da  assistência técnica aos extrativistas vinculados ao Prodex, linha de crédito dirigida pelo Banco da Amazônia.


associação comunitária


1° lugar – Associação de Seringueiros Kaxinawa do Rio Jordão – ASKARJ,  Rio Branco/AC.
Fundada em 1988, a Associação de Seringueiros Kaxinawa do Rio Jordão é responsável jurídica por três Terras Indígenas no município de Jordão, no Acre: TI?s Huni Kuin do Alto Jordão, Baixo Jordão e Seringal Independência e representa a luta pela regularização das Terras Indígenas e das Reservas Extrativistas. Observando os princípios do desenvolvimento sustentável, com intensa participação comunitária, desenvolve diversas linhas de trabalho: cooperativismo, arte, medicina, educação, sistemas agroflorestais, extrativismo, agricultura e criação. Inúmeras são suas conquistas: a participação no processo de criação e implantação da Reserva Extrativista do Alto Juruá, da qual são vizinhos. Na área de saúde, o fortalecimento do trabalho de pajés, com a “escola dominicais de pajelança” e os “parques de plantas medicinais para estudo”.


organização não governamental


1° lugar – Houve empate entre o Instituto IMAZON e
o Conselho Geral da Tribo Ticuna.
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia fundado em 1990 e sediado em Belém é uma instituição sem fins lucrativos e tem como missão promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia brasileira por meio de estudos, apoio à formulação de políticas públicas, disseminação ampla de informações e formação profissional.
O IMAZON tem contribuído para a elaboração de políticas públicas de largo alcance na Amazônia para o ordenamento territorial, criação e implementação de unidades de conservação, aperfeiçoamento dos sistemas de comando e controle e melhoria na aplicação de lei de Crimes Ambientais.
O Conselho Geral da Tribo Ticuna-CGTT, Benjamin Constant/AM atua há mais de 30 anos na região do alto Solimões. É uma associação civil, sem fins lucrativos, de direito privado, sem vínculos partidários e religiosos sediada na cidade de Benjamim Constant, com o objetivo dar continuidade ao processo de demarcação dos territórios do povo Ticuna iniciado no início de 1980. Promove ações de reconhecimento da cultura e história dos Ticuna;
Desde 1988 atua em parceria com entidades que apóiam suas iniciativas, destacando-se ações de demarcação de terras, manejo e confecção de artefatos a partir de produtos da floresta e busca de alternativas de manejo que fortaleçam o povo Ticuna.


negócios sustentáves


1° lugar – Associação Halitinã, Tangará da Serra/MT.
Fundada em 1992, a Associação Indígena Halitinã, representante do Povo Indígena Paresí tem como objetivo estabelecer relações sociais com a população da área para o pagamento de direito de passagem em seu território. Desta forma a Associação vem desenvolvendo ações que buscam a autodeterminação do Povo Paresí.
O projeto visa incentivar e valorizar a utilização racional e sustentável do pequi em área Indígena Paresí envolvendo mais de 400 índios na capacitação de coleta seletiva de frutos, higienização, seleção, beneficiamento e comercialização do produto. Essas ações proporcionaram melhoria na qualidade alimentar, geração de trabalho e renda com atividades de baixo impacto, considerando a área econômica, social e ambiental.


educ. ambiental


1° lugar – Programa Rede dos Vaga Lumes, da Associação Vaga Lume, São Paulo/SP.
A Associação Vaga Lume é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2001 com a missão de contribuir com o desenvolvimento cultural e educacional de  comunidades rurais da  Amazônia  Legal  brasileira, tendo por pressuposto que o investimento  em seres humanos é a melhor estratégia para transformação de uma realidade. A realidade: 26% da população brasileira dotadas de habilidades plenas de  leitura e escrita; ausência de livrarias em 89% dos municípios brasileiros; concentração de 73% dos livros em apenas 16% da população; somente 47% de brasileiros, na idade de 14 a 64 anos, tem a 8ª série do ensino fundamental concluída. Para os restantes 53% sem o nível escolar mínimo, a Associação Vaga Lume criou o Projeto Papel de Carta, em 2002.


A valorização e o incentivo para os trabalhos de proteção e preservação


município


1° lugar – Lucas do Rio Verde, MT.
A Prefeitura Municipal de Lucas do Rio Verde-MT, através das Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente e da Educação e Cultura, busca despertar os jovens  para as questões ambientais e formar futuros gestores ambientais, desenvolveu o Projeto “Semeando a Educação”, dentre outros.
A Prefeitura disponibiliza uma coordenadora pedagógica, uma bióloga e uma engenheira agrônoma, assim como uma sala para as atividades teóricas e uma área para as atividades práticas que vão desde o estudo da flora e fauna locais, o levantamento das espécies do Cerrado adequadas para a recomposição de áreas, a coleta de sementes e a produção de mudas.
Os estudantes participam de todo o processo: coleta das sementes, semeadura, preparação do solo e plantio das mudas, durante o qual são desenvolvidos conhecimentos, habilidades, atitudes e competências, elementos fundamentais para uma participação cidadã e a  construção de uma sociedade sustentável.