Copa do Mundo 2014 - Olimpíadas 2016

Copa Verde para 2014

21 de maio de 2010

Ministro dos Esportes Orlando Silva, ministra do MMA Izabella Teixeira, Aguinaldo Mendonça Lima, da ANAMA, e Glória Brito da ABEMA, durante assinatura de acordo de cooperação técnica entre o MMA e Ministério dos Esportes, em Brasília.   Conama reúne ministérios do Meio Ambiente e do Esporte e fecha acordo para Copa Verde A ideia é… Ver artigo

Ministro dos Esportes Orlando Silva, ministra do MMA Izabella Teixeira, Aguinaldo Mendonça Lima, da ANAMA, e Glória Brito da ABEMA, durante assinatura de acordo de cooperação técnica entre o MMA e Ministério dos Esportes, em Brasília.


 


Conama reúne ministérios do Meio Ambiente e do Esporte e fecha acordo para Copa Verde


A ideia é abrir o diálogo entre os responsáveis pela criação dos empreendimentos com os responsáveis pelo licenciamento ambiental na busca por soluções conjuntas, com garantias de proteção do meio ambiente. “Estamos entrando em campo para ‘jogar’ as preparatórias para a Copa do Mundo”, disse Izabella, que participou pela primeira vez como ministra de Estado da reunião do Conama. Izabella Teixeira destacou a importância da cooperação técnica entre os dois ministérios, e contou que acaba de regressar da África do Sul, onde pôde conhecer o que aquele país tem feito, em termos ambientais, para o torneio que começa em junho próximo. Segundo a ministra, “o termo assinado, além do ponto de vista político, é muito importante para a gestão ambiental, porque envolve os estados e municípios em uma nova prática de modernização do licenciamento ambiental”.


Grupo de Trabalho
Um grupo de trabalho ficará responsável pela elaboração de uma agenda sustentável, com propostas de políticas sustentáveis para a Copa e para as Olimpíadas no Brasil. O grupo também vai buscar parcerias para implementar experiências bem sucedidas em edições anteriores desses eventos. “Essa agenda conjunta vai servir para dar mais transparência ao conjunto de investimentos que serão feitos nesses dois eventos. É um ‘golaço’ antecipado”, avaliou Izabella.
Fazem parte do grupo de trabalho representantes do MMA, Ministério do Esporte, Ibama, Instituto Chico Mendes (ICMBio), Agência Nacional de Águas, Abema e Anamma. A ideia é aproveitar a paixão do brasileiro pelo futebol para estimular a participação dos torcedores a adotarem medidas de proteção ambiental no dia a dia. Para o ministro do Esporte, Orlando Silva, a iniciativa revela a importância que a questão ambiental alcançou no País. “Vamos instalar uma agenda concreta de trabalho. Temos capacidade política, técnica e boa vontade. Queremos a sustentabilidade plena”, disse.
Serão definidas formas de assegurar,  o menor impacto ambiental, a neutralização das emissões de gases-estufa, a eficiência energética, a construção de estádios sustentáveis, e a promoção do consumo de produtos orgânicos durante a realização dos eventos.


Turismo ecológico
Um outro dado importante em relação aos jogos é atender os turistas que visitarão ao Brasil no item ecologia. Neste sentido, os Parques nacionais receberão tratamento especial por parte do Instituto Chico Mendes, do Ministérios do Meio Ambiente e do Turismo que vão definir e estruturar as unidades de conservação próximas das cidades sedes da Copa de 2014 para receber turistas brasileiros e estrangeiros que queiram conhecer a biodiversidade brasileira. Principalmente em Cuiabá (MT) e Manaus (AM), que tiveram o Pantanal e a Amazônia como diferencial para sediarem jogos.


COPAS: 2010 E 2014


A Copa da África do Sul, que começa daqui a poucos dias, de certa forma também busca a sustentabilidade, mesmo sem a ênfase ambiental dada pela Copa da Alemanha.


E a Copa de 2014 no Brasil? O primeiro passo já foi dado: levar alguns jogos para duas regiões emblemáticas quando se fala em meio ambiente: Pantanal e Floresta Amazônica. E quanto aos jogos?
Transporte ?  Será que vai mesmo ser dado ênfase ao transporte coletivo?
Energia ?  E à economia de energia elétrica? O uso de energia alternativa?
Reuso da água ? Como fica o sistema de irrigação dos gramados, captação de água da chuva para uso nos mictórios e lavagem de arquibancadas?
Desperdício ?  E a questão do desperdício, da reciclagem e da educação dos voluntários e dos freqüentadores dos estádios sobre os objetivos da sustentabilidade.
Lixo ? A disposição final dos resíduos sólidos e a educação de atletas e torcedores quanto a civilidade para não entrar no time dos sujismundos. Lugar do lixo é no lixo.


Gol Verde da Copa de Futebol


Antes era:  “Mens sana in corpore sano”
              (Mente sã em corpo são).
 
Hoje é: “Certacio sana in natura sano”
(Competição sã em meio ambiente são)


Silvestre Gorgulho
O esporte é a maior indústria do prazer, da saúde e da paz. A Copa do Mundo, como os Jogos Olímpicos, são eventos que numa escala menor representam os gigantescos desafios, anseios, dificuldades, esperanças, derrotas e vitórias da humanidade.
No microcrosmo de um país, de uma cidade e de um estádio vão conviver tecnologias, atletas, culturas, torcedores, sistema de transportes, cartolas, sistema de saúde, administradores, patrocinadores, jornalistas e toda fantástica parafernália periférica de comerciantes e serviços públicos que gira em torno de um super-evento. Nem bem termina uma Copa do Mundo – ou uma Olimpíada – o país sede do próximo evento já começa a administrar o próximo show.
Tudo isso requer estudos estratégicos de mobilidade de pessoas, construções permanentes e temporárias, compra, venda, distribuição, descarte, reciclagem e muita gerência de recursos humanos e de recursos naturais. E o futebol, como esporte mais popular do mundo, e a FIFA – Federation Internationale Football Association, como a maior entidade esportiva do mundo, com 206 países associados, acabam por fazer, também, de quatro em quatro anos, o maior evento esportivo do planeta: a Copa do Mundo. A Copa da Alemanha teve o projeto Gol Verde que marcou posição em quatro áreas: água, lixo, energia e mobilidade. Jogada de craque. O Gol Verde fez do evento, a Copa do Meio Ambiente. Foram 32 seleções, com cores variadas nos uniformes e bandeiras, mas todas ostentando uma mesma cor nos seus objetivos: o verde de desenvolvimento sustentável.