Folha do Meio Ambiente

Migração das plantas
Que bom foi ler esta belíssima entrevista com Carlos Fernando de Moura Delphin, do Iphan, sobre migração das plantas. Além de ser uma reportagem cheia de curiosidades, de explicações históricas sobre como as plantas influenciaram na economia dos países, um dado me chamou atenção: os espanhóis que mataram, dizimaram e arrasaram  povos americanos atrás de ouro e prata, levaram para a Europa matérias primas muito mais importantes do que o vil metal. Levaram a mais nobre dieta alimentar para os europeus. Dá para imaginar hoje os países europeus sem o milho, sem a batata, sem o amendoim e tantos outras plantas que levaram para o velho continente? Parabéns à redação.
Glorinha M. Luz – Rio de Janeiro – RJ

PV – verdes ou velhacos?
Incrível como o PV quer ficar em cima do muro. Partido que é partido toma partido e influencia diretamente que precisa ser influenciado. Para falar a verdade, não sei não, mas acho que a maior parte dos votos da Marina Silva são dela mesma… ou de quem não queria votar nem no Serra e nem na Dilma. O que o PV precisa é surfar nesta onda e tomar uma decisão pró meio ambiente, pró desenvolvimento sustentado, pró ações de sustentabilidade para a questão dos resíduos sólidos e da água. Se o PV ficar neutro, podem escrever, vai ser chamado de Partido dos Velhacos… dos mais espertos.
Cândido F.M. Rosa – Campinas – SP

Resgate dos mineiros 1
Estou maravilhado com a eficiência e competência do governo chileno no resgate aos mineiros da Minas de San José. Uma competência, aliás, que não tiverem na exploração da mina, pois faltou segurança aos trabalhadores. Mas uma coisa é certa: se fosse no Brasil, tinham superfaturado a construção do túnel e a montagem da cápsula.
Eleonor M. Borges – Aracaju – SE

Resgate dos mineiros 2
Do Chile veio uma lição para o mundo. Primeiro pela rapidez e pelo sucesso no resgate dos mineiros. Segundo do seu presidente Sebastian Piñera que, sem arrogância, com muita tranquilidade e altivez acompanhou passo a passo dos resgates e deu uma entrevista serena, de agradecimento e com um comportamento exemplar de estadista. Aliás, como estão faltando estes ingredientes na pobre política entre os presidentes dos países latino-americanos!
Tarcisa G. Castro – Nova Lima – MG

Meio ambiente e as eleições
Meio ambiente é uma senha para a qualidade de vida, para a harmonia e para a paz. Impressionante como os candidatos em todos os níveis só descobriram o meio ambiente quando a Marina Silva conseguiu nas urnas 20 milhões de votos. Acho que nós devemos prestar mais atenção nas propostas de qualquer candidato – até a síndico de nosso prédio – e não deixar de cobrar sempre ações efetivas de proteção da natureza, de gestão da água e sobretudo de gerência da grave questão do lixo. Na Alemanha já existem dezenas de cidades que não tem mais lixeiros e muito menos caminhões coletando o lixo. Este é um problema do cidadão. Existe um ponto de coleta seletiva e cada morador tem que pegar seu carro e levar seu lixo. Quem sabe, um dia, ainda chegaremos lá. O que é muito bom, pois o grande desvio de recursos dos governantes está nos contratos de lixo.
Silvano L. Morais 
São Bernardo do Campo – SP

Area Verde
A Área Verde próxima à Protásio Alves, na III Perimetral, deve ser preservada. Trata-se de mata nativa com uma nascente. A importância destes pequenos ecossistemas remanescentes são inestimáveis aos grandes centros urbanos que vem priorizando o crescimento econômico, tão somente. Quem andar pelas ruas de Petrópolis verá inúmeras placas da SMAM (Secretaria do Meio Ambiente) autorizando o corte e remoção de vegetais com compensações muito modestas para o equilíbrio ambiental. Fica minha sugestão à SMAM de seguir o exemplo da administração bem sucedida de Curitiba.
Um projeto voltado para conservar áreas verdes em imóveis urbanos 9Curitiba) já contabilizam 17 km2 livres de agressão ambiental. A área protegida, espalhada por 51 propriedades particulares, equivale a cerca de 2.300 campos de futebol. 
O projeto, chamado “Condomínio da Biodiversidade”, é orientado por ambientalistas, proprietários dos terrenos e pelo Poder Público. O dono da área poderá ter isenção total ou parcial do IPTU o que vem a ser um incentivo à conservação.  Nas áreas preservadas há bosques com árvores como a Araucária (símbolo do Paraná), tipuanas, camboatás, ipês, árvores frutíferas e nascentes de água.  Existem áreas dentro do projeto que fazem divisa com parques e matas nativas, ajudando a manter um corredor de Biodiversidade para a proteção de animais e plantas.
Porto Alegre precisa seguir este exemplo de cidade sustentável.
Elisabeth Karam –  Rua Toropi, 126     Porto Alegre – RS – Professora

Desperdícios
Passei as férias de julho do Rio de Janeiro e me chamou atenção o desperdício de água que ocorre próximo às barracas que fornecem guarda-sol e cadeiras. Ali no Leblon, bem na divisa com Ipanema, onde fiquei é impressionante o número de chuveiros e mangueiras com um motorzinho ligado tirando água – acredito eu – do lençol subterrâneo. Estas bombas ficam ligadas à energia elétrica ou a um motor que usa combustível. O gasto pode ser triplo: desperdício de água, desperdício de combustível ou desperdício de energia elétrica. Parece que o choque de gestão que tanto se propala no Rio de Janeiro não chegou ao meio ambiente ou, melhor dizendo, ao consumo sustentável.
Eliane G. Martins 
Uberlândia – MG

Nobel da Paz
Muito merecido o Prêmio Nobel para o chinês Liu Xiaobo. Além de premiar uma pessoa que está sofrendo todo tipo de perseguição política de seu país, a repercussão ajuda a colocar em xeque pela enésima vez a imagem de uma China que cresce muito na contramão do meio ambiente e do respeito aos direitos humanos.
Chiara L. Medeiros
São Paulo – SP

Jardim Botânico RJ: uma vergonha!
Tudo é estranho na invasão que os mais espertos fazem na área do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Casas ricas e carros importados na garagem: um absurdo! Agora o presidente da Associação de Morados do Jardim Botânico, Alfredo Piragibe, se surpreendeu com o crescimento do número de casas: 5,4% em três anos. Eram589 construções em 2007. Agora a Universidade Federal contou 621. Se o governo e a Justiça (sim a Justiça) não resolver rapidamente este caso de polícia, a cada três anos teremos um aumento de quase 6% de casas. Na copa de 2014, vai ter casa até para alugar para os turistas que virão ao Brasil ver a Copa do Mundo. Uma vergonha nacional! Uma vergonha carioca!
Selminha R. Calazans 
Gávea – Rio de Janeiro

Nem tudo que reluz é ouro
Nem tudo que reluz é ouro regido pela sustentabilidade. O passivo ambiental da mineração de ouro é conhecido: contaminação da água, do ar, degradação dos solos, geração de resíduos tóxicos e conflitos com populações locais. Fiquei sabendo que a confecção de um único anel gera 20 toneladas de resíduos. É preciso  apertar mais as mineradoras para não poluirem tanto.
Chico A. da Matta
Niterói – Rio de Janeiro