Cartas
19 de julho de 2011Vida Longa à Agapan Ao Prefeito José Fortunatti: Lemos nos jornais que o senhor determinou sindicância interna para determinar como seu deu a demolição da Sede da Agapan, a partir de um alvará expedido pela Prefeitura para uma empresa particular. Conforme a mídia, o senhor expressou que “esta é uma situação inadmissível, não mediremos esforços… Ver artigo
Vida Longa à Agapan
Ao Prefeito José Fortunatti: Lemos nos jornais que o senhor determinou sindicância interna para determinar como seu deu a demolição da Sede da Agapan, a partir de um alvará expedido pela Prefeitura para uma empresa particular. Conforme a mídia, o senhor expressou que “esta é uma situação inadmissível, não mediremos esforços para que sejam apurados todos os fatos, tanto no âmbito interno quanto externo, e que os responsáveis sejam punidos”.
Correto e pertinente, mas acreditamos que é preciso ir além, pois não é suficiente a punição dos responsáveis, é preciso reparar o dano. O dano é muito maior que a materialidade da sede, atingindo um bem muito grande para a cidade, que é a própria Agapan. A Agapan é um exemplo para o Rio Grande do Sul e o País e um símbolo que congrega os melhores anseios e os valores da população, representando para muitas pessoas a guardiã confiável dos princípios de uma convivência saudável, produtiva e responsável com o ambiente. Podemos afirmar, sem exagero, que a destruição absurda da sede da Agapan chocou e consternou os porto-alegrenses, que esperam uma reparação que mostre que os mesmos princípios e valores também estão contemplados pelo Prefeito, que deve ter sentido o mesmo choque e consternação.
A pequena e modesta sede da Agapan abrigava experimentos compatíveis com suas propostas de vida. Felizmente, não estava lá a documentação relativa às ações e à existência da Agapan. Esse acervo extenso e precioso, se lá estivesse, poderia ter sido trucidado. Esse fato mostra a precariedade a que a Agapan está submetida por força das circunstâncias. Talvez esse triste acontecimento traga um benefício: despertar um desejo de reparar e ir além, emergencialmente providenciando um local para as reuniões, e em seguida ajudando a Agapan a reconstruir sua sede, dar seguimento a seus experimentos ambientais e a conseguir um local para abrigar com segurança o seu acervo.É o que gostaríamos que acontecesse e consideramos justo. Janete Viccari Barbosa – [email protected] – Movimento Petrópolis Vive – 51-3330-1343
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Crescer a qualquer custo
“Enquanto o mundo todo preocupa-se com as questões ambientais, Porto Alegre preocupa-se em atender ao velho modelo: “crescer a qualquer custo”! A Cidade está crescendo de uma forma caótica, sem infraestrutura para comportar um urbanismo vertical em que as vias de acesso tornaram-se truncadas e a vida diária se dá com altos índices de poluição sonora, ambiental e diminuição da qualidade de Vida.
Não dá pra acreditar que uma Secretaria libere Alvarás de construções e instalações sem ver o local e se o mesmo comporta condições para que lá se erga um prédio de 17 andares, uma escola, uma residência ou uma pizzaria. O Alvará para que funcionasse uma pizzaria foi dado mediante apresentação de falsos documentos e sem a inspeção do local pelos tecnicos da Prefeitura.A Cidade precisa de regras e boa administração. Ela não é um balcão de negócios onde o Poder Público faz concessões que lhe pareçam vantajosas. A destruição da Sede da AGAPAN, em plena semana em que se comemora o Meio Ambiente, aconteceu por descaso dos órgãos competentes (SMIC, SMAM?). A AGAPAN foi o marco do Movimento Ambientalista no Brasil, idéia do genial José Lutzenberger, e sobrevive graças ao desprendimento de cidadãos que dedicam-se nas horas vagas, ao estudo, experimentos, palestras, divulgação do que seja viver um urbanismo sustentável.
Repercutiu muito mal este fato junto aos cidadãos porto-alegrenses. Esperamos que a Prefeitura tome decisões que venham diminuir os danos morais e materiais da Entidade, em respeito a toda a História do Movimento Ambientalista traçada pelos ecologistas gaúchos”. Elisabeth Karan – [email protected] – Porto Alegre – RS
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Urubu-rei e o Dalgas
Preciso deixar registrado minha alegria ao ler a matéria sobre o invisível urubu-rei. Só mesmo uma pessoa da sensibilidade do Dalgas Frisch, que escreveu este livro fantástico das AVES BRASILEIRAS, para nos proporcionar uma aventura destas: ir com ele, pela reportagem, às margens do Juruena e sentir o quanto este País tem de bonito, exótico e grandioso. Alice G. Tomé – Cuiabá – MT
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Gato por lebre
Tenho recebido muitos relatórios caríssimos vendendo gato por lebre. Não adianta uma empresa querer apenas surfar na onda verde e ficar dizendo que faz tudo do bom e do melhor. Parece até político brasileiro: diz só pensar na sociedade, no meio ambiente e no País. Mas só pensam no próprio umbigo. Nos últimos anos, o número de empresas que está produzindo e divulgando relatórios de sustentabilidade dobrou. Mas li um escudo que mostra que apenas 15% desses documentos tiveram algum tipo de validação externa, feita por especialistas ou por empresas de auditoria. Isto significa que, mais do que um compromisso ambiental, na prática esses relatórios “são peças de marketing e raramente funcionam como mecanismo de gestão ou geração de valor”. Elmy M. Noronha – Belo Horizonte – MG
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Material didático
Nós professores aqui da Escola de Brazlândia recebíamos o jornal Folha do Meio Ambiente. Por que não recebemos mais? Era o melhor material para nossas aulas de educação ambiental. Além do bom texto, as matérias sempre foram muito sérias e atuais. Precisamos voltar a receber o jornal. Podemos buscá-lo aí na redação, caso vocês possam nos dar pelo menos cinco exemplares por mês. Maria Eugênia – Brazlândia – DF
NR: Professora, pode vir buscar ou mandar um emissário pegar os cinco exemplares aqui na redação para sua escola.
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Serra Vermelha: o bicho pegou
Sei que a Folha do Meio Ambiente está do nosso lado quando o assunto é defesa do Parque Nacional da Serra Vermelha. Estou escrevendo para dar uma informação para vocês: atendendo a uma moção do Francisco Soares da Furpa a ministra Isabella Teixeira pediu à Polícia Federal para apurar os crimes ambientais na região. Sobretudo quanto à construção de carvoarias. Daí, o secretário do Meio Ambiente do Piauí, Dalton Macambira, ficou irritadíssimo. Três dias depois uns homens armados invadiram a casa do Francisco Soares, trancaram a empregada num quarto e reviraram tudo, como se estivesse procurando documento, abriram todos os armários, guarda-roupas etc. Semana passada a Secretaria de Direitos Humanos chamou o Soares a Brasília. Eu sei que pediram a ele todas as informações relacionadas ao problema na Serra Vermelha. No final pediram que, por enquanto, ele mantivesse tudo em sigilo e disseram a ele que uma Comissão de Direitos Humanos da Presidência da República vem ao Piauí em poucos dias. Esta é a melhor notícia que nós ambientalistas recebemos aqui em Fortaleza. Tetê Machado – Fortaleza – PI