Congresso & Meio Ambiente

21 de dezembro de 2011

Créditos de carbono – A Comissão de Meio Ambiente da Câmara rejeitou projeto de lei de autoria do deputado Weliton Prado (PT-MG), que trata de objetivos e diretrizes para a política de apoio aos projetos que gerem créditos de carbono.– Para receber esses incentivos, os projetos devem ser considerados Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), estabelecido no… Ver artigo

Créditos de carbono


– A Comissão de Meio Ambiente da Câmara rejeitou projeto de lei de autoria do deputado Weliton Prado (PT-MG), que trata de objetivos e diretrizes para a política de apoio aos projetos que gerem créditos de carbono.
– Para receber esses incentivos, os projetos devem ser considerados Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), estabelecido no Protocolo de Kioto.
– A relatora da Comissão, deputada Rebeca Garcia (PP-AM), disse que, apesar de o autor da proposta ressaltar o potencial de geração de créditos de carbono no âmbito do MDL, em especial nos setores florestal e de resíduos sólidos, o texto seria redundante em relação à atual legislação.
-Para ela, a principal previsão do projeto já faz parte da lei que instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima.


 


Caiado e o Código Florestal


– O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) afirmou que o texto do novo Código Florestal recentemente votado no Senado impõe exigências que dificilmente poderão ser cumpridas por boa parte dos produtores rurais brasileiros.
– Ele citou dados da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, segundo os quais 65 milhões de hectares das áreas consideradas APPs e Reservas Legais são produtivas consolidadas que precisariam ser recuperadas.
– Para ele, caso seja implementada, a proposta elevaria para 519 milhões de hectares o total da área preservada do País, correspondendo a 61% do território nacional.


 


Giovani Cherini e o incentivo florestal


– A Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados aprovou proposta que prevê incentivos a ações de recuperação florestal e de implementação de sistemas agroflorestais em áreas degradadas ou em áreas rurais desapropriadas pelo Poder Público.
– O relator, deputado Giovani Cherini (PDT-RS), recomendou a aprovação do projeto que é de autoria do deputado licenciado Mauricio Rands, de Pernambuco, na forma do substitutivo aprovado pela Comissão de Agricultura.
– Segundo o texto, caberá ao governo federal definir a forma de concessão dos incentivos. No entanto, o substitutivo indicou as possíveis fontes de financiamento das ações de reflorestamento. Os recursos poderiam vir de fundos nacionais, como os de Mudança do Clima, da Amazônia, do Meio Ambiente e o Fundo de Desenvolvimento Florestal.


 


Mendes Thame e a certificação florestal


– A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados aprovou projeto de autoria do deputado Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) que estabelece regras para os organismos de certificação florestal.
– Pelo texto aprovado, os organismos de certificação florestal deverão ser acreditados pelo Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade (Sbac), com base nas normas do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial e em normas internacionais.
– Essas instituições também deverão ser registradas no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental.


 


Reflorestamentos
– A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara rejeitou projeto de lei que torna obrigatória a destinação, para a construção civil, para as indústrias moveleira e naval e para outras atividades que não compreendam a produção de papel e celulose, de pelo menos 5% da produção de madeira extraída de florestas plantadas.
-De autoria do deputado Edson Pimenta (PCdoB-BA), a proposta restringe essa obrigação a áreas de florestas plantadas superiores a cinco mil hectares.
-Para o relator, deputado Renato Molling (PP-RS), o projeto ?faz um juízo completamente equivocado do funcionamento do mercado?. Segundo ele, o projeto iria impedir o setor que investe na produção de seus próprios insumos de consumi-los na quantidade que necessita.


 


Debates sobre a RIO+20


-A Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara dos Deputados iniciou, pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, no Recife, uma série de debates sobre a produção energética no Brasil, com vistas à definição de uma proposta brasileira sobre o tema, a ser apresentada durante os trabalhos da RIO+20.
– O evento será realizado em junho de 2012, no Rio de Janeiro, com a presença de chefes de Estado e de Governo de mais de uma centena de países, além de especialistas do mundo inteiro, e seu objetivo, além de comemorar os 20 anos de realização da Cúpula do Rio, em 1992, é dar andamento à execução dos projetos lançados em 1992.
– Segundo o coordenador da Frente, deputado Sarney Filho (PV-M), ?neste momento, o mundo vive uma crise econômica que se alastra e preocupa a todos, mas isso não é nada diante da emergência ambiental que enfrentamos.?
– Os debates prosseguirão em janeiro do próximo ano, quando as lideranças da Frente se deslocarão para o Rio Grande do Sul.


José Priante (PMDB-PA)


José Priante  e a prevenção de desastres
– A Comissão Mista de Orçamento do Congresso aumentou a dotação destinada a obras preventivas de desastres, a cargo do Ministério da Integração Nacional.
– A proposta orçamentária foi encaminhada ao Congresso com apenas R$ 8,8 milhões para essas ações, tendo o relator, deputado José Priante (PMDB-PA), sugerido o teto de R$ 293,7 milhões, valor 33 vezes superior ao inicial, após o acolhimento de inúmeras emendas parlamentares. Para o relator, o Executivo adota a prática de alocar poucos recursos e, quando há necessidade, envia uma medida provisória ao Congresso abrindo um crédito extraordinário. No ano passado, por exemplo, as medidas provisórias relativas à matéria mobilizaram R$ 3 bilhões.


 


Transposição: menos 50 milhões
– Parlamentares das bancadas nordestinas criticaram o corte de R$ 50 milhões na dotação que o governo federal incluiu no orçamento de 2012 para as obras de transposição das águas do rio São Francisco.
– Além do corte de R$ 50 milhões pedido pelo Executivo, o relator setorial da área de Integração Nacional, deputado José Priante (PMDB-PA), promoveu outro corte para atender emendas parlamentares, uma prática permitida pelo parecer preliminar da proposta orçamentária, que traz as regras para apresentação de emendas ao projeto. O relatório setorial também foi criticado por cortar R$ 425 milhões do Plano Brasil sem Miséria para obras de construção de açudes, tema que interessa especialmente aos parlamentares do Nordeste.