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Diga-me como vão teus jardins públicos que te direi como tua cidade está

16 de agosto de 2013

  Jardim do Itamaraty, em Brasília,  concebido pelo paisagista Roberto Burle Marx                           Mais que parafrasear uma expressão bem popular, esta chamada me pareceu a maneira mais fiel de fazer uma rápida apresentação de um trabalho grandioso, que o fotografo e documentarista francês Michel… Ver artigo

 

Jardim do Itamaraty, em Brasília, 
concebido pelo paisagista Roberto Burle Marx
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mais que parafrasear uma expressão bem popular, esta chamada me pareceu a maneira mais fiel de fazer uma rápida apresentação de um trabalho grandioso, que o fotografo e documentarista francês Michel Corbou tem promovido pelos quatro cantos do mundo. 
Ele esteve de passagem pelo Brasil para acompanhar a abertura de sua exposição “Os jardins fazem a cidade”, no Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), em São Paulo. A mostra reúne 57 imagens fascinantes, que incluem jardins que Corbou fotografou em vários paises e nas capitais Brasília, Rio e São Paulo. 
Mantive uma conversa para lá de agradável com Corbou, que tem uma visão ao mesmo tempo poética e muito propositiva sobre os jardins públicos como  indicador, dos mais relevantes, da qualidade de vida nas grandes cidades.  Sempre com uma argumentação concisa, Corbou fez esse comentário logo que começamos nosso bate-papo:  
 “O jardim público reflete a inteligência da oferta de tudo o que uma cidade oferece aos seus moradores, que não seja o mero consumo.”. 
 
“Jardinar” é preciso – Para Corbou, a presença de um jardim público em um pequeno bairro é  um sinal tangível de genuína atenção e interesse do poder público por seus cidadãos e de cada um com todos que o cerca. Então ele compartilhou esta preciosa reflexão:   
“Um jardim público é uma oportunidade para que todos possam compartilhar os ganhos, um espaço comum. Não há segregação no jardim. Todos podem usufruir igualmente de seus benefícios: pequenos, velhos, pobres ou ricos, ativos ou contemplativos. Colocar à disposição um jardim público é também proporcionar um espaço de conhecimentos a serem adquiridos, compartilhados. História, geografia, botânica, arte do desenho e da escultura. Na Europa, o jardim no inverno é o desenho das formas como as folhas caíram dos galhos. No verão, é o volume esculpido de arbustos e árvores podadas pelos jardineiros. O parque também é um território pacificado, sem violência. Em mais de trinta anos de peregrinação por parques e jardins, eu nunca vi ataques ou brigas. O que não é o caso no resto da cidade, seja nas praias ou em torno das instalações esportivas. Na introdução de seu livro Rotas para um jardineiro, o paisagista Pascal Cribier   escreve: quando ‘jardinamos’, não somos intoxicados pela vertigem de nós mesmos. O que é  certamente essencial para a compreensão do mundo de hoje.”
Precisa falar mais alguma coisa?!
 
 
 
Social Good Brasil
 
Nova plataforma para quem quer fazer acontecer as grandes transformações sociais
 
Os catarinenses largaram na frente. Organizações da sociedade civil de Florianópolis criaram o Social Good Brasil, programa que se propõe a apoiar inovações sociais com base na tecnologia e novas mídias. 
Para quem não está tão familiarizado com o admirável mundo cibernético, Social Good é um termo da cultura digital que significa o uso de tecnologias para solucionar problemas sociais. Esse movimento em rede aposta que mesmo micro-ações ou só uma ideia bem-intencionada podem se tornar grandiosas se houver a união de muitas pessoas em torno da causa e o uso de ferramenta como um site ou um aplicativo no celular, por exemplo. 
O movimento global Social Good nasceu nos Estados Unidos e hoje é liderado pela Mashable, UN Foundation, 92|Y e Bill & Melinda Gates Foundation. O Social Good veio para o Brasil pelas mãos de Fernanda Bornhausen Sá, presidente do Instituto Voluntários em Ação, e por Lúcia Dellagnelo, fundadora do ICom, que têm o desafio de impulsionar a participação dos brasileiros na plataforma. 
Para entender um pouco mais, o Social Good trabalha com três pilares: Inspiração, Informação e Ação. Também tem três objetivos principais: disseminar o uso das tecnologias para a mudança social, identificar e apoiar experiências inovadoras e oferecer ferramentas e capacitações para iniciativas na área.  
Além da plataforma on line, o movimento lançará ainda este ano o Social Good Brasil Lab, um programa que reúne parceiros nacionais e internacionais para a troca de experiências e conhecimento, com foco no design de tecnologias para transformação social. Com o apoio do programa, as pessoas poderão testar e criar protótipos de ideias e modelos que possuam potencial de alto impacto social. As iniciativas também serão preparadas para participarem de fundos e aceleradoras já existentes.
Em setembro acontecerá, em São Paulo, o seminário Social Good Brasil, em paralelo com o Social Good Summit, em Nova York. O evento será transmitido para todo o público brasileiro pelo livestream. 
Saiba mais:  socialgoodbrasil.org.br