Cartas

20 de maio de 2014

Entardecer com as Garças Quero agradecer a bela reportagem que a Folha do Meio Ambiente fez para explicar o projeto ENTARDECER COM AS GARÇAS, realizado no Parque das Águas de São Lourenço. As palavras que descreveram a sequência de nosso trabalho…, ao falar da música e principalmente do amor que esses seres alados enviam para… Ver artigo

Entardecer com as Garças
Quero agradecer a bela reportagem que a Folha do Meio Ambiente fez para explicar o projeto ENTARDECER COM AS GARÇAS, realizado no Parque das Águas de São Lourenço. As palavras que descreveram a sequência de nosso trabalho…, ao falar da música e principalmente do amor que esses seres alados enviam para nós, encheu-me de tranquilidade e alegria. 
Tranquilidade por estar consciente que foi feito algo em que pessoas comuns possam valorizar o quanto o meio ambiente, simples e sem retoques, pode proporcionar de paz e felicidade.
Alegria porque a matéria mostrou que ninguém, através do poema “Vôo da Garça Branca”,  traduziu com tanta sensibilidade e respeito a valorização da Mãe Natureza. Comigo, as companheiras garças agradecem de coração.
Raquel Cohen – São Lourenço – MG
 
 
De omissão em omissão
“O Brasil está todo errado: prefeituras são omissas e deixam as pessoas usarem e abusarem de construções em áreas de risco ou terrenos públicos; o Ministério Público fecha os olhos para a ocupação irregular do solo na periferia das grandes cidades; a fiscalização é zero ao quadrado. De omissão em omissão vão nascendo as favelas, os assentamentos e as “cidades” fantasmas, longe das políticas públicas. Quando o mal está feito, aí ajunta todo mundo para legalizar o ilegal. Não tem jeito, mesmo!”.
Gê H. Távora – Rio de Janeiro – RJ
 
 
Nossos rios pedem socorro!
“No século passado, os países do chamado Primeiro Mundo começaram a despoluir os rios. E no Brasil, como tem muitos rios, ninguém se importava. Os rios eram os grandes esgotos tanto dos centros urbanos como das zonas rurais. Hoje, os países do Primeiro Mundo cuidam de seus rios como cuidam da água da torneira de casa. E o Brasil continua do mesmo jeito: rio é o destino do lixo e esgoto. Será que as autoridades brasileiras não percebem que a poluição dos mananciais interfere diretamente na saúde das pessoas, dos animais, na qualidade de vida e no funcionamento dos ecossistemas? Triste ver a situação dos rios que cortam nossas cidades. Taí o rio Tietê que não deixa mentir. A poluição da Baia da Guanabara é a mesma coisa. Por quê? Justamente porque os rios que chegam à baía não correm. Eles escorrem. As águas nascem na Floresta da Tijuca límpidas e maravilhosas. Mas em poucos metros começam a receber esgotos de todos os lados. Veja o rio dos Macacos (que corta o Jardim Botânico) e o rio Maracanã que antes de chegar na Tijuca já um fedor danado. Que País é esse?”
Ed M. Silveira – Rio de Janeiro – RJ
 
 
Copa do Mundo
Tudo que eu tinha para falar contra a gastança de dinheiro público nas obras dos estádios, já disse. Tudo que eu tinha para protestar, já protestei. Agora, qualquer manifestação contra ou a favor a Copa do Mundo, no Brasil, não irá mudar o rumo dos acontecimentos. 
Minha camisa verde e amarela está prontinha para os jogos da Copa que acontecerão em Brasília. É meu desejo participar com alegria da torcida animada que lotará o Mané Garrincha. E, já que é inevitável, precisamos nos unir e torcer para que seja um sucesso, para que nossa seleção seja a grande vitoriosa do certame e, principalmente, para que aconteça em paz, sem brigas, honrando a tradição de bons anfitriões. Somos os donos da casa e da bola. Que venham os adversários. Vamos torcer para que o Brasil faça o melhor. Antes de qualquer partido político, antes de qualquer ideologia, antes de mais nada, somos patriotas, somos mais Brasil.
Gracia Cantanhede – Brasília – DF
 
 
Agua, bem finito
A edição de março-249, pelo Dia Mundial da Água, ficou maravilhosa. Extremamente didática,. Bem completa. O tema levantado pela ONU para as comemorações desse ano foi muito pertinente: Água & Energia. Mesmo sendo o país da água doce, com 12% das reservas mundiais, o Brasil continua sendo muito perdulário. Pior ainda: país do desperdício. Perder no sistema de distribuição 50% da água tratada é um crime terrível!
Sávio P. Lima – Campinas – SP
 
 
Naturalistas viajantes
A Expedição Langsdorff – Parte 6 continua nas páginas do jornal e na minha “viagem misteriosa”. Parece Júlio Verne. Fico imaginando o quão louco eram esses estrangeiros que vinham para este país e com que coragem se embrenhavam por rios, florestas e aldeias. Documentavam tudo. Não sabia que Rugendas, Tanay e Florence vieram para o Brasil só para desenhar as andanças do alemão-russo Langsdorff e o que ele ia encontrando pela frente em biodiversidade e costumes. Parabéns ao jornal. Quem sabe vocês fazem depois um DVD para vender.
Alves Campos – Cuiabá – MT

 

O QUE É UM GEOPARQUE
“Eu sei que o Brasil tem um geoparque. Eu queria saber mais detalhes sobre geoparques e o que uma área deve ter para ser um geoparque. Obrigado a vocês e parabéns pelo jornal. Sou assinante da Folha do Meio Ambiente há mais de 18 anos e uso suas matérias – sempre didáticas e bem escritas – para minhas aulas sobre geografia, história e meio ambiente.” 
Tone T. Castro Fortaleza – CE
 
 

NR – Primeiro, o que é um Geoparque? Quem responde é o arquiteto e paisagista Carlos Fernando de Moura Delphim, ex-técnico do Iphan e estudioso dos geoparques: “A idéia inicial advém da RIO-92, se bem que só em 2001 a   Unesco concebeu o plano de   sua implantação. Os   geoparques são áreas protegidas,   portadoras de pontos de interesse geológico, paleontológico   e de   importância científica e cultural.   Segundo a Unesco, um geoparque deve atender às seguintes exigências: ter um território definido, contribuir para o desenvolvimento auto-sustentável da região onde está instalado e possuir sítios com elementos relevantes para o   estudo da evolução do planeta Terra”. 
O primeiro do Brasil é o Geoparque do Araripe, que está em Santana do Cariri, e tem uma área de 10 mil quilômetros quadrados. Essa região recebei um terço de todos os pterossauros (répteis alados) descritos no planeta e mais de 20 ordens diferentes de insetos fossilizados, com idade entre 70 e 120 milhões de anos. A Chapada do Araripe, no Ceará, foi incluída na Rede Mundial de Geoparques da Unesco em setembro de 2006. 
Mas vamos aos seis pontos principais:
1 – Uma paisagem natural unificada, com a identificação de geótopos geológico-paleontológicos únicos, ou seja, tanto as rochas quanto os fósseis precisam ser de grande valor científico.
2 – Deve dar uma notável contribuição para o desenvolvimento sócio-econômico da região como um todo (geoturismo, guias, artesanato, etc.).
3 – Deve ter particular importância não apenas geológico-paleontológica, mas deverá apresentar também monumentos ecológicos, arqueológicos e histórico-culturais relevantes.
4 – Deve contribuir para a formação dos alunos, estudantes e adultos nas geociências, assim como para a educação ambiental.
5 – Deve contribuir, ainda, para a proteção e promoção do meio ambiente atual, bem como da herança geológico-palentológica nele existente.
6 – Deve interligar a história da Terra, a Natureza, o Homem e a Cultura.