Caparaó

Ministro Sarney Filho visita Parque do Caparaó

5 de setembro de 2016

Recebido pelo vice-governador do Espírito Santo, César Colnago, e pelos secretários Aladim Cerqueira, do Meio Ambiente e Recursos Hídricos; pelo diretor presidente do Bandes, Aroldo Natal Silva Filho e pelo secretário de Estado do Turismo, José Sales Filho, o ministro Sarney Filho foi ao Espírito Santo para promover ações voltadas à estruturação e gestão do… Ver artigo

Recebido pelo vice-governador do Espírito Santo, César Colnago, e pelos secretários Aladim Cerqueira, do Meio Ambiente e Recursos Hídricos; pelo diretor presidente do Bandes, Aroldo Natal Silva Filho e pelo secretário de Estado do Turismo, José Sales Filho, o ministro Sarney Filho foi ao Espírito Santo para promover ações voltadas à estruturação e gestão do Parque Nacional do Caparaó. O encontro aconteceu no próprio parque, em Dores do Rio Preto. Além do Governo do Estado, participaram do encontro o ICMBio,  o Bandes, representantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim, do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Caparaó e os prefeitos de Dores do Rio Preto (ES), Ibitirama (ES) e Alto Caparaó (MG).

 

 

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A imponência da Serra do Caparaó, onde está o Parque Nacional do Caparaó.
 
 
O objetivo principal do encontro foi estabelecer parcerias com o objetivo de estimular o desenvolvimento da cadeia produtiva associada ao ecoturismo e fortalecer as ações de conservação e gestão de recursos naturais estratégicos à região do Caparaó. Para incentivar o turismo, foi acertado a construção 12 trilhas autoguiadas no parque e a revitalização do rio Itapemirim.
 
 
 
 
O rio Itapemirim é resultado da fusão de dois braços de rios: o Direito, que nasce em Muniz Freire, e o Esquerdo, que nasce em Ibitirama, na serra do Caparaó.  e que desagua no oceano Atlântico, na altura de Marataízes. O rio Itapemirim passa por uma cidade de Mina (Lajinha) e 16 cidades no Espírito Santo: Alegre, Atílio Viváqua, Conceição do Castelo, Castelo, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Jerônimo Monteiro, Muniz Freire, Muqui, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante, Itapemirim, Cachoeiro do Itapemirim, Marataízes e Iúna.
 
 
 
De acordo com o ministro Sarney Filho, a Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim passará por melhorias, a exemplo do programa de recuperação do rio São Francisco, lançado pelo governo federal no dia 9 de agosto. “A revitalização do rio Itapemirim é fundamental e está bastante avançada”, analisou Sarney Filho.
 
 
 
 
Em visita ao parque nacional situado entre o Espírito Santo e Minas Gerais, ministro Sarney Filho buscou parcerias de gestão para o Caparaó.
 
 
 
 
PARQUE NACIONAL DO CAPARAÓ
 
No Parque Nacional do Caparaó está localizado na divisa dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, justamente na Serra do Caparaó. O parque é um dos ícones do montanhismo no Brasil e abriga o terceiro ponto mais alto do País, o Pico da Bandeira, que tem 2.892 metros de altitude. Além dele, estão na Unidade de Conservação (UC) cinco dos dez picos mais altos de todo o território nacional.
 
O Parque do Caparaó abrange um território de aproximadamente 31,8 mil hectares. Cerca de 80% do parque está no estado do Espírito Santo. Os maiores picos ficam na divisa dos estados, destacando-se o Pico da Bandeira, com 2.892 metros, o Pico 2 ou Pico do Cruzeiro, com 2.852 metros, o Pico do Calçado com 2.849 metros e o Pico do Calçado Mirim com 2.818 metros. O Pico do Cristal, com 2.770 metros fica exclusivamente em território mineiro. O parque abriga ainda outros picos, menores em tamanho, mas também de altitudes consideráveis, como o Morro da Cruz do Negro (2.658 metros), o Pico da Pedra Roxa (2.649 metros), o Pico dos Cabritos ou do Tesouro (2.620 metros), o Pico do Tesourinho (2.584 metros), e a Pedra Menina (2.037 metros) todos em território capixaba.
 
 
PICO DA BANDEIRA

Por volta de 1859, o imperador Dom Pedro II determinou que fosse colocada uma Bandeira do Império no pico mais alto da Serra do Caparaó, que na época era considerado o ponto mais alto do Brasil. Acredita-se que a denominação Pico da Bandeira se deva a este fato. A Serra do Caparaó ainda foi palco da Guerrilha do Caparaó, durante o golpe militar de 1964.  

 
 
 
GESTÃO AMBIENTAL
 
Sarney Filho proferiu palestra no Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) de Alegre (ES), para alunos dos cursos técnicos e especializações em gestão ambiental, agroecologia, agricultura sustentável, educação ambiental e sustentabilidade, entre outros. O reitor do IFES, Denio Rebello Arantes, entregou ao ministro um relatório que apresenta os projetos de pesquisas e extensão e cursos de pós-graduação realizados nos 22 campi espalhados por todo o estado.
 
Na ocasião, Sarney Filho destacou a importância de alinhar o conhecimento acadêmico às políticas públicas. “A preservação ambiental é uma questão que perpassa todos os setores sociais e não pode mais ser vista como entrave ao desenvolvimento. Muito pelo contrário, ela tem a enorme responsabilidade de viabilizar o futuro. O papel da Academia é primordial nesse trabalho, pois é aqui, no âmbito científico, que os problemas e as soluções se revelam”, afirmou o ministro.
 
Em seguida, o ministro conheceu o prédio do mestrado em agroecologia, recém-reformado, e o laboratório de biologia vegetal. Também visitou as obras de reforma do refeitório do IFES e de construção do Núcleo de Empresas Juniores. Por último, o ministro conheceu o Centro de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-guia (o segundo do Brasil) e o Polo de Educação Ambiental do IFES – Campus de Alegre.
 
 
 
PROGRAMA REFLORESTAR
 
O Programa Reflorestar se tornou referência no Brasil por alcançar capacidade de recuperar florestas. O Espírito Santo foi o primeiro Estado a assumir, em 2015, o Desafio 20×20 lançado na Conferência das Partes (COP) da Convenção do Clima, em 2014, no Peru. A iniciativa é um esforço liderado por países e organizações da América Latina e do Caribe, e tem como objetivo restaurar ou mesmo evitar o desmatamento em 20 milhões de hectares de terras degradadas até 2020.
 
O secretário Aladim Cerqueira explicou que o programa foi elaborado a partir da integração de diversos projetos de restauração florestal executados pelo Espírito Santo, nos últimos 12 anos. “Agora, o programa ganha força e evidência que contribuirá para ser uma das principais ações visando o combate à estiagem prolongada”. 
 
Entre 2016 e 2017, quase 1.700 produtores rurais serão beneficiados. Atualmente, o Reflorestar tem cadastrados mais de 4 mil produtores. O programa está presente em 73 dos 78 municípios capixabas. 
 
Segundo Aladim Cerqueira, o Reflorestar é bom para todo mundo. “As florestas recuperadas facilitam o processo de infiltração da água no solo, garantindo maior oferta para o produtor e para as cidades. Isso, além de gerar renda para o produtor que vai poder explorar, de forma sustentável, a floresta. Temos, dessa forma, o segredo para a sustentabilidade das florestas”, ressaltou o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos