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Ibama aplica a sétima multa à SAMARCO

1 de setembro de 2016

      O rompimento de duas barragens da mineradora Samarco no distrito de Bento Rodrigues, entre a cidade de Mariana e Ouro Preto, deixou, um cenário de destruição na região. Em 5 de novembro do ano passado, a lama arrastou caminhões, encobriu casas e deixou pessoas soterradas e ilhadas. A Samarco recebe a sétima… Ver artigo

 

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O rompimento de duas barragens da mineradora Samarco no distrito de Bento Rodrigues, entre a cidade de Mariana e Ouro Preto, deixou, um cenário de destruição na região. Em 5 de novembro do ano passado, a lama arrastou caminhões, encobriu casas e deixou pessoas soterradas e ilhadas.

A Samarco recebe a sétima multa. O Ibama acaba de aplicar outra multa à mineradora Samarco no valor de um milhão de reais. A mineradora é  responsável pelo rompimento da barragem de Fundão, em 5 de novembro de 2015, em Mariana (MG,) que resultou no maior desastre socioambiental do país no setor de mineração.
 
Os motivos do desastre ambiental são vários, mas o mais importante foi a  omissão de informação em documento oficial entregue ao Ibama referente ao depósito temporário de rejeitos localizado na região de Barra Longa (MG). O Instituto também negou pedido da empresa, controlada pela VALE e pela BHP, de adiamento do prazo para a retirada da lama acumulada no reservatório da Usina Hidrelétrica (UHE) Risoleta Neves, conhecida como Candonga.
 
TRANSPORTE DE REJEITOS
 
Durante a retirada, o transporte e o armazenamento de rejeitos no município de Barra Longa, a Samarco causou uma série de transtornos à população local. Por esse motivo, o Ibama emitiu em 27 de abril deste ano uma notificação na qual determinava à empresa a apresentação de alternativas tecnológicas para a lavagem das vias urbanas e de medidas eficientes para conter a dispersão dos rejeitos, tanto no ambiente urbano quanto em áreas de depósito temporário, como por exemplo o parque de exposições do município, uma Área de Preservação Permanente (APP) no rio do Carmo onde se encontram 35 mil metros cúbicos de rejeito. Apesar de dar resposta dentro do prazo, a Samarco não apresentou soluções para a situação do parque, considerado pelo Ibama como depósito temporário, o que caracterizou omissão de informações e levou à aplicação da sétima multa pelo Instituto, no valor de um milhão de reais.
 
Neste mês, a mineradora também pediu adiamento da data limite para a retirada emergencial dos rejeitos que se estendem por 400 metros a partir de Candonga, trecho considerado fundamental para a segurança da barragem. Para justificar o prolongamento do prazo de 31 de dezembro deste ano para 2 de junho de 2017, ou até para abril de 2018, em um cenário pessimista, a empresa apontou que, no momento da assinatura do termo de compromisso, seus técnicos estimavam haver 550 mil metros cúbicos de rejeito no local, mas que uma nova avaliação teria elevado a estimativa para 1,3 milhão de metros cúbicos. 
 
O Comitê Interfederativo, no entanto, negou o pedido em sua deliberação n° 13, em 18/08, e determinou que a dragagem emergencial no trecho de 400 metros seja integralmente realizada em 2016.
 
 
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CRIME AMBIENTAL DA SAMARCO
 
Auditoria internacional aponta falha de drenagem, liquefação e tremores com falhas principais da ruptura da barragem.
 
Um estudo contratado pelas mineradoras VALE, BHP Billiton e Samarco sobre a tragédia em Mariana mostrou que a presença de lama no ponto de ruptura da barragem, onde deveria ter somente areia, é uma das causas do colapso da estrutura, acontecido dia 5 de novembro de 2015. Nesta quarta-feira (29), representantes das empresas apresentaram o resultado de uma investigação com a auditoria internacional Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP.
 
Dezenove pessoas morreram em decorrência do rompimento e a lama atravessou o estado e chegou até o oceano, devastando também parte do Espírito Santo. O corpo de uma pessoa  ainda não foi encontrado. Dentre os mortos. há moradores de distritos de Mariana, além de trabalhadores da Samarco e terceirizados.
 
O estudo apresenta alguns fatos que já haviam sido detalhados nos inquéritos da Polícia Civil e Polícia Federal como causas do desastre. Entre eles, estão o recuo da ombreira esquerda, problemas de drenagem e a liquefação dos rejeitos arenosos. O processo de liquefação é quando há um aumento de água nos rejeitos, tornando-os fluidos.