SOS Ararinha-Azul

ICMBio estuda a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) e o Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-azul

1 de agosto de 2017

  A criação da APA e do Refúgio de Vida Silvestre faz parte das estratégias de reintrodução na Caatinga baiana dos primeiros exemplares da ararinha-azul mantidos em programa de cativeiro no Brasil e exterior. A ave é considerada, oficialmente, extinta na natureza desde o ano de 2000.         O que são consultas… Ver artigo

 

A criação da APA e do Refúgio de Vida Silvestre faz parte das estratégias de reintrodução na Caatinga baiana dos primeiros exemplares da ararinha-azul mantidos em programa de cativeiro no Brasil e exterior. A ave é considerada, oficialmente, extinta na natureza desde o ano de 2000.

 

 

 
 
O que são consultas públicas? É bom explicar. Consultas públicas são uma das etapas conclusivas do processo de criação de unidades de conservação. Elas são antecedidas por estudos técnicos e permitem que as comunidades locais opinem sobre temas como a oportunidade de implantação da unidade na região, sua localização, a dimensão e os limites mais adequados, entre outros. Antes dos debates, técnicos do ICMBio esclarecem, em linguagem simples e com uso de recursos gráfico-visuais, como mapas, todas essas questões.
 
A criação da APA e do Refúgio de Vida Silvestre faz parte das estratégias de reintrodução na Caatinga baiana dos primeiros exemplares da ararinha-azul mantidos em programa de cativeiro no Brasil e exterior. A ave é considerada, oficialmente, extinta na natureza desde o ano de 2000. Os estudos para a implantação das unidades foram feitos pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave) e a Coordenação de Criação de UCs, ambos do ICMBio, com a ajuda de parceiros.
 
 
HABITAT HISTÓRICO DA ARARINHA-AZUL
 
A região de Curaçá e Juazeiro é considerada de extrema importância para criação de unidades de conservação, por ser habitat histórico da ararinha-azul e, também, por possuir vegetação (savana estépica parque) pouco protegida da Caatinga. Além disso, Curaçá fica em área tida como de grande ocorrência de aves pela Birdlife, organização internacional dedicada à proteção de pássaros.
 
Com aproximadamente 120,4 mil hectares, a APA da Ararinha-azul tem, segundo a proposta de criação, o objetivo de ordenar o processo de ocupação na região da bacia hidrográfica dos riachos da Melancia e do Barra Grande, juntamente com a proteção dos recursos hídricos e vegetais para a conservação da ararinha-azul.
 
Já o refúgio de vida silvestre, com 28,9 mil hectares totalmente circunscritos à APA, visa, ainda segundo a proposta, proteger ambientes naturais, assegurando as condições para a existência e reprodução da ararinha-azul e de outras espécies ou comunidades da flora e da fauna, como a maracanã-verdadeira, similar à ararinha.
 
 
 
 
 
Atualmente existem cerca de 150 exemplares de ararinhas, distribuídos em criadouros particulares do Catar, Alemanha, Espanha e Brasil.
 
 
 
 
 
PRÓXIMOS PASSOS
 
Após as consultas, o ICMBio finalizará a proposta de criação das UCs, que será submetida à área jurídica do Ministério do Meio Ambiente antes de seguir para a Casa Civil. O último passo é a publicação do decreto presidencial instituindo, oficialmente, as unidades que servirão, num futuro bem próximo, de lar para as ararinhas azuis.
 
Atualmente existem cerca de 150 exemplares de ararinhas, distribuídos em criadouros particulares do Catar, Alemanha, Espanha e Brasil. A expectativa é que as primeiras solturas ocorram até 2021, segundo o Cemave/ICMBio. Para isso, o ICMBio lançou em 2012 o Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul. O plano deu origem, logo depois, ao projeto Ararinha na Natureza, que, entre outras coisas, desenvolve ações de educação ambiental na região de Curaçá preparando a comunidade local para as futuras reintroduções.