Rondônia passa de 1,3 mil casos de indígenas com Covid-19 e soma 28 mortes, aponta entidade

23 de setembro de 2020

    Dezesseis povos indígenas de Rondônia já foram atingidos pelo avanço do novo coronavírus, diz Coiab. — Foto: Reprodução/Rede Amazônica         Os casos confirmados do novo coronavírus entre os indígenas de Rondônia chegou a 1.305. O número corresponde ao levantamento computado até 21 de setembro de 2020 pela Coordenação das Organizações… Ver artigo

 

 

Dezesseis povos indígenas de Rondônia já foram atingidos pelo avanço do novo coronavírus, diz Coiab.  — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Dezesseis povos indígenas de Rondônia já foram atingidos pelo avanço do novo coronavírus, diz Coiab. — Foto: Reprodução/Rede Amazônica
 
 
 
 
Os casos confirmados do novo coronavírus entre os indígenas de Rondônia chegou a 1.305. O número corresponde ao levantamento computado até 21 de setembro de 2020 pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), divulgado na noite de terça-feira (22). Agora, são 28 mortes em decorrência da Covid-19 entre os povos na região. Outros 45 indígenas estão sob suspeita de infecção.
 
Conforme a COIAB, os povos indígenas atingidos em Rondônia pela Covid-19 são:
 
  1. Aikanã;
  2. Arara Karo;
  3. Cinta Larga;
  4. Kanoê;
  5. Karitiana;
  6. Karipuna;
  7. Kassupa;
  8. Mura;
  9. Oro War;
  10. Paiter Suruí;
  11. Parintintin;
  12. Piripkura;
  13. Puruorá;
  14. Sakirabiat;
  15. Tupari; e
  16. Wajuru.
 
O estado com mais povos atingidos segue sendo o Amazonas (35), seguido de Pará (25) e Mato Grosso (18). Rondônia aparece em quarto lugar com 16 comunidades indígenas afetadas. A COIAB também cita que há 660 casos suspeitos, 24.050 casos confirmados e 656 mortes registradas em 132 povos indígenas da Amazônia por causa do Sars-Cov-2.
 
O levantamento da organização é feito com base em boletins informativos e notas de falecimento emitidas pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, além de relatos de lideranças indígenas, profissionais da saúde indígena e organizações que fazem parte da rede da entidade.
 
 
Alerta do avanço
 
Em meados de abril deste ano, entidades já alertavam sobre o perigo do avanço do novo coronavírus entre as aldeias do estado. Dom Roque Paloschi, presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), informou à época que o Cimi orienta que os indígenas cumpram com as recomendações das autoridades de saúde de permanecerem dentro das aldeias para evitar a disseminação da doença.
 
A Fundação Nacional do Índio (Funai) respondeu na ocasião, por meio da assessoria, que se mobiliza para atuar no combate ao novo coronavírus, assim como os demais órgãos do Governo Federal.
 
Também negou que exime das obrigações legais, "sempre primando pelo zelo e atenção em suas ações, as quais repercutem diretamente sob o modo de vida dos indígenas neste momento atípico".
 
 
Curva em ascensão
 
Rondônia registrou 513 novos casos de Covid-19 e sete mortes na terça-feira (22), segundo dados disponibilizados em boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa).
 
Com os novos números, o estado chegou a 63.781 diagnósticos do novo coronavírus e 1.312 vítimas fatais da doença.
 
 
As cidades com maior número de óbitos registrados são:
 
  • Porto Velho – 701
  • Ariquemes – 87
  • Guajará-Mirim – 87
  • Ji-Paraná – 69
  • Vilhena – 57
  • Cacoal – 32
 
Já as cidades com maior número de casos da doença são: Porto Velho (29.340), Ariquemes (5.236), Vilhena (3.520), Guajará-Mirim (2.938), Ji-Paraná (2.711) e Cacoal (2.225).