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Brasil não assina compromisso global para reverter perda da biodiversidade

16 de outubro de 2020

    A Serra do Mar é considerada uma das florestas mais ricas em biodiversidade do mundo — Foto: Lucas Pontes       Em setembro, líderes de 77 países de todas as regiões e da União Europeia, assinaram um compromisso voluntário para reverter a perda de biodiversidade no mundo até 2030. Entretanto, o governo… Ver artigo

 

 

A Serra do Mar é considerada uma das florestas mais ricas em biodiversidade do mundo — Foto: Lucas Pontes

A Serra do Mar é considerada uma das florestas mais ricas em biodiversidade do mundo — Foto: Lucas Pontes
 
 
 
Em setembro, líderes de 77 países de todas as regiões e da União Europeia, assinaram um compromisso voluntário para reverter a perda de biodiversidade no mundo até 2030. Entretanto, o governo do Brasil não assinou o documento.
 
O Brasil se juntou aos Estados Unidos, Austrália, China, Rússia e Índia que também se recusaram a participar da ação.
 
 
Unidos para reverter a perda da biodiversidade
 
O “Compromisso dos Líderes pela Natureza” tem como objetivo tomar medidas para conter o declínio catastrófico causado pelo homem. A proposta contou com a adesão de países como Nova Zelândia, França, Alemanha. Entre os vizinhos do Brasil estão o Peru, Bolívia e Colômbia, que compartilham áreas da Floresta Amazônica.
 
O compromisso lista dez ações urgentes para os próximos dez anos. Entre os pontos estão: acabar com os crimes ambientais; investimento em uma recuperação econômica “verde” e sustentável pós-pandemia; diminuir a poluição do ar, terra, solo, água doce; e eliminar o descarte de plástico nos oceanos.
 
“Estamos em estado de emergência planetária: as crises interdependentes de perda de biodiversidade e degradação de ecossistemas e mudança climática – impulsionadas em grande parte pela produção e consumo insustentáveis – requerem ação global urgente e imediata. A ciência mostra claramente que a perda de biodiversidade, a degradação da terra e dos oceanos, poluição, esgotamento de recursos e mudanças climáticas estão se acelerando a uma taxa sem precedentes […] A menos que esse cenário seja interrompido e revertido com efeito imediato, ele causará danos significativos à resiliência e estabilidade econômica, social e política global”, diz a carta.