Após retirada de invasores, Terra Indígena Apyterewa registra desmatamento zero
29 de fevereiro de 2024Foto: Divulgação A Terra Indígena (TI) Apyterewa, localizada em São Félix do Xingu, no estado do Pará, registrou um marco histórico, em janeiro deste ano, com a redução de 79,8% no desmatamento, em comparação ao ano anterior, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional… Ver artigo
Foto: Divulgação
A Terra Indígena (TI) Apyterewa, localizada em São Félix do Xingu, no estado do Pará, registrou um marco histórico, em janeiro deste ano, com a redução de 79,8% no desmatamento, em comparação ao ano anterior, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O desmatamento foi zero no período, resultado da atuação integrada da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e demais órgãos do Governo Federal para retirar os invasores da região.
Além de devolver o território aos indígenas, a ação marcou o início de uma nova fase: a implementação de medidas robustas para impedir o retorno dos invasores e promover a conservação ambiental. A TI Apyterewa é considerada a terra indígena mais desmatada da Amazônia Legal, tendo sofrido nos últimos anos com a ação predatória de grileiros e madeireiros e com a presença ilegal da atividade pecuária.
Desde que a operação do Governo Federal foi deflagrada, os alertas de desmatamento caíram vertiginosamente a partir de outubro de 2023, até zerarem em janeiro deste ano, segundo atesta relatório do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), com dados do Inpe. O sucesso da operação simboliza um passo importante na defesa dos direitos dos povos originários, na preservação ambiental e para assegurar que as futuras gerações herdem um planeta saudável e equilibrado.
A atuação integrada para retirar os invasores contou com a coordenação da Secretaria-Geral da Presidência da República envolvendo, além da Funai, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), o Censipam, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Casa Civil e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
A medida atendeu à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Além da TI Apyterewa, a operação ocorreu na Terra Indígena Trincheira Bacajá, também no estado do Pará.
Com informações da Secretaria-Geral da Presidência da República